“Os
problemas podem parecer difíceis se tentarmos resolvê-los sozinhos”
A habilidade em saber expressar uma ideia, de maneira clara, elimina
qualquer possibilidade de um mal-entendido. Como já foi citado em outros
artigos (Comunicação pobre, relacionamentos vazios; A verdade não usa máscaras
e O momento para se falar a verdade) quando algo não está progredindo, a melhor
saída é o diálogo. Não há como duvidar da eficácia de uma conversa franca para
estabelecer um bom nível dentro do relacionamento, necessidade que, além de
fortalecer nossos objetivos, facilita a realização do propósito comum.
Na vida conjugal, as coisas que nos fazem investir em mudanças são
aquelas que sabemos que vão ao encontro dos anseios de nosso cônjuge. Muitos
casais, às vezes, conversam sobre tudo o que diz respeito à casa, aos filhos,
entre outras coisas; contudo, falar das necessidades íntimas é que permite
mostrar quem realmente somos.
Se percebermos uma infiltração no alicerce de uma casa e não tomarmos
nenhuma providência, em breve, este imóvel estará com suas estruturas
comprometidas. Da mesma maneira, no convívio a dois, é preciso falar daquilo
que está nos consumindo por dentro. Mas, comentar sobre aquilo que não nos
agrada nem sempre é fácil, pois, na necessidade de esclarecer nosso ponto de
vista, naturalmente, teremos de confrontar opiniões.
Dentro das exigências do relacionamento está também o compromisso em
conhecer e acolher o nosso cônjuge e sua opinião sobre aquilo que achamos
provocar seu descontentamento. Nesse diálogo equilibrado teremos a oportunidade
de defender ou justificar nossas atitudes e apresentar nossas objeções.
Nossos problemas podem parecer difíceis se tentarmos resolvê-los
sozinhos. Há coisas que não mudam de um dia para o outro; tampouco podemos
corrigir algo se desconhecemos o que desagrada a outra pessoa.
Todos nossos impasses têm solução e os desgastes emocionais podem ser
aliviados quando contamos com a disposição e o comprometimento do nosso cônjuge
para eliminar tudo aquilo que traz desequilíbrio no convívio. Entretanto,
se uma possível desavença de opinião nos parece um obstáculo, maiores serão os
desafios se – por medo ou insegurança – optarmos pelo silêncio.
Todos esses aprendizados e conquistas permitem ao casal se conhecer
melhor para, juntos, alcançar seus propósitos. Uma boa conversa pode ser
crucial para restabelecer a retomada do bom convívio, pois, a partir dos
argumentos apresentados pela pessoa com quem nos relacionamos, novas
estratégias poderão ser traçadas em comum acordo para equacionar uma situação
delicada. Infelizmente, há pessoas que preferem recuar diante da necessidade de
confrontar seus pontos de vista. Tentar se acomodar dentro de uma situação
inaceitável poderá ser um engano, induzindo o outro a pensar que tudo está bem.
Particularmente, considero importante não nos conformarmos com aquilo
que nos desagrada no relacionamento, pois o nosso cônjuge precisa saber daquilo
que trazemos como preocupações, assim como dos desejos e prioridades
acalentados em nosso coração.
Muitas vezes, podemos conversar sobre muitas outras coisas, mas não
sobre aquelas situações que passam pelos anseios de nossa alma.
Abrir-se ao diálogo é o caminho que levará muitos casais ao sucesso de
uma vida conjugal assumida em comum, sem, no entanto, perder o entusiasmo.
Deixar as coisas como estão, para descobrir aonde vão chegar, poderá ter
um desfecho contrário ao que havíamos previsto para o tão sonhado convívio a
dois.
Deus os abençoe!
Dado Moura
contato@dadomoura.com
contato@dadomoura.com
(Fonte – Canção Nova)
Clique aqui e seja o primeiro a comentar!:
Por favor, ao comentar não esqueça de deixar seu nome!