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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Vocação chamado à realização pessoal no serviço

O tema vocação coloca-nos diante do mistério da vida, leva-nos a pensar sobre a nossa identidade e o compromisso que assumimos no dia-a-dia, em vista de uma finalidade maior: a realização pessoal.

O ponto de partida é recordarmos que somos humanos. Isso constitui a nossa identidade. Porque humanos, somos relação. Vivemos com as pessoas e não podemos fugir dessa verdade em nossa vida.Talvez faça-se necessário o aprendizado de um novo humanismo, para que nossos relacionamentos ganhem em qualidade. Novo, porque as relações que a maioria das pessoas pratica estão desgastadas.

De certo modo, a condição humana, em nossos dias, passa por uma crise de identidade. Conseqüentemente, uma crise vocacional. Muitas pessoas perderam de vista o encanto pelo aspecto humano da vida. Desumanizadas, fazem pouco caso diante da dignidade humana. Banalizam o dom mais importante que é a vida. É tempo de resgatar e modelar os nossos projetos, acreditando do mesmo modo como Deus Criador fez. Ele acreditou na humanidade e, pelo seu Filho Jesus, assumiu o compromisso e se encarnou.

A nossa vida tem ainda a dimensão divina. Somos por um lado humanos, mas por outro divinizados. Deus nos criou e nos adotou assim. Integrar as dimensões humana e divina indica sempre um caminho a ser feito. O ponto de equilíbrio dessas dimensões nos revela a nossa identidade e o compromisso que precisamos assumir.

Outro aspecto fundamental da nossa vocação é a dimensão eclesial. Nela podemos nos alimentar do verdadeiro sentido vocacional: o relacionamento com outras pessoas, com as coisas do mundo e com Deus. Podemos fazer a experiência comunitária que Jesus ensinou. A vocação para ser Igreja, portanto, nos torna repletos de esperança e nos impulsiona ao compromisso, em busca do verdadeiro sentido da vida.

A dimensão eclesial da vocação nos ensina sobre pessoas — santos, santas e mártires — que responderam com espírito de gratidão a Deus. Assumiram a identidade e o compromisso para si e para que outras pessoas pudessem experimentar a riqueza da dignidade humana.

Nesse momento de profunda reflexão sobre a corrupção, vale lembrar essas pessoas que não se deixaram corromper, foram éticas e capazes de amar a vida mais que o poder.

Pé. Luís Rodrigues Batista, C.Ss.R

(Fonte – Catequese Católica)

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