Temos o dever de preparar a próxima geração
Como pais e educadores cristãos, nossa missão é fazer de nossos filhos discípulos do Senhor, que amem o Mestre e estejam prontos para segui-Lo. Se nos descuidarmos da herança do Senhor nossa luta será em vão.
Como pais e educadores cristãos, devemos preparar a próxima geração para cumprir o propósito de Deus na história, com entendimento e com determinação “Pois como poderei ver o mal que sobrevirá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?” (Ester 8:6). “Porque, na verdade, tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, foi para junto de seus pais e viu corrupção” (Atos dos Apóstolos 13:36).
Há na Bíblia três instituições reconhecidas com autoridade e outorgadas por Deus: a família, a Igreja e o governo civil. Porém, só aos dois primeiros cabe prover educação “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6, 4); “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28, 19), uma vez que o governo civil jamais poderia atuar em nome da família, representando seus valores e objetivos próprios. O Estado traduz o pensamento da coletividade, partindo do princípio de que a maioria está certa.
O que vemos nas escolas de hoje em geral é o desrespeito às autoridades, a falta de disciplina, o desinteresse pelo aprendizado, a irresponsabilidade, a influência de novas filosofias nos temas e nos livros, a baixa qualidade do ensino, a imoralidade, a corrupção, entre outros. Portanto, biblicamente, escola só tem sentido como uma extensão da família, para com ela cooperar em aliança de princípios e propósitos e sob a cobertura espiritual da Igreja. A visão é de famílias unidas com a bênção da Igreja, trabalhando na formação de uma geração consciente de seus valores e responsabilidades, capacitadas para exercer seu ministério na sociedade e cumprir o propósito de Deus. Trata-se de uma aliança estratégica, para garantir a expansão do Reino, mesmo em meio à uma geração perversa e corrupta.
Como pais, como educadores, como Igreja e como cidadãos responsáveis, temos o dever de preparar a próxima geração dando-lhe uma visão e treinando-a para alcançá-la.
Temos que resgatar o valor da criança e a união de gerações: avós, pais e jovens, todos trabalhando juntos no projeto da vida infantil. A criança e o adolescente que encontram um sentido nobre para sua vida não vão desperdiçá-la de maneira desordenada. A separação das gerações tem sido uma poderosa arma de destruição dos valores familiares, expondo os pequenos aos predadores sociais.
Além do mais, é preciso valorizar o caráter na formação do aluno para realidades que são fundamentais: o exemplo e trabalho árduo. Caráter pressupõe uma marca, uma gravação feita a partir de um molde, daí a necessidade de exemplo consistente.
Quanto ao trabalho árduo, a própria história nos ensina que a indolência, a comodidade e a ociosidade levam o homem ao declínio moral e à improdutividade. Quando fugimos da dificuldade, ou privamos nossos filhos da dureza, estamos impactando o desenvolvimento do caráter deles.
A Igreja teria nisso um fator decisivo para apoiar o cumprimento da grande missão: “formar bons cristãos e honestos cidadãos”, fortalecendo as famílias. Trata-se de uma aliança estratégica, na qual cada parceiro (Igreja, Escola e Família) contribui com aquilo que faz melhor, para realizar o propósito de Deus sob a mesma visão do Seu Reino.
Eu estou disposto a formar e a ser formado na escola de Jesus, sabendo que a fé cristã muito mais que acreditar no Senhor é viver a Sua Palavra? O que me falta para atingir o que já sou no coração de Deus? Quero ajuda?
Padre Anderson Marçal
(Fonte – Canção Nova)
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