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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A última corda

Existiu um grande violinista chamado Paganini. Alguns diziam que ele era muito estranho. Outros, que era um instrumentista fenomenal.

A verdade é que as notas que saiam de seu violino tinham um som diferente, mágico; por isso ninguém queria perder a chance de assistir a um espetáculo seu.

Certa noite, no palco de um auditório que estava repleto de admiradores para recebê-lo, Paganini surge, triunfante, e o público delira.

Ele, então, coloca o instrumento no ombro e o que vem a seguir é indescritível. As notas parecem ter asas e voar ao toque daqueles dedos mágicos, por assim dizer.

De repente, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino arrebenta. O maestro pára. A orquestra pára. O público pára. Mas Paganini não para.

Olhando para a partitura, continua a tirar sons maravilhosos do violino quebrado. A orquestra, empolgada, volta a tocar.

De repente, um som perturbador distrai novamente a atenção do público. Uma outra corda se rompe. Todos param novamente, menos Paganini.

Como se nada tivesse acontecido, ele esquece as dificuldades e avança, tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra ficam impressionados, mas o público não pode imaginar o que pode acontecer em seguida.

Todos na platéia, pasmos, gritam Ooohhh ! O som ecoa pela abóboda do auditório e uma terceira corda do violino se quebra.

O maestro pára novamente. A orquestra pára. A respiração do público pára. E outra vez Paganini não pára.

Como um contorcionista, ele tira todos os sons da única corda que sobrara do instrumento destruído. Nenhuma nota é esquecida.

Empolgado, o maestro se anima. A orquestra se motiva. O público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. É a glória de Paganini.

Seu nome corre através dos tempos.

Ele não é apenas um violinista genial.

É o símbolo do profissional que avança diante do impossível !

Moral: Não importa o tipo de problema que o aflige. Pode ser pessoal, familiar, ou qualquer outra coisa que esteja afetando sua auto estima ou seu desempenho profissional. Tenha, entretanto certeza de uma coisa: nem tudo está perdido. Sempre haverá uma corda, e é se valendo dela que você exercerá seu talento. Tocando nela é que irá vibrar. Aprenda que a vida sempre lhe deixará uma última corda. Quando sentir desânimo, não desista. Ainda haverá a corda da persistência, do “tentar mais uma vez”, e a opção de dar um passo a mais com um novo enfoque.

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