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sábado, 6 de novembro de 2010

Haja o que houver!

Na Romênia, um homem dizia sempre a seu filho:

Haja o que houver, eu sempre estarei a seu lado.

Houve nesta época um terremoto de intensidade
muito grande, que quase
arrasou as construções lá existentes nesta época.

Estava nesta hora este homem em uma estrada.
Ao ver o ocorrido, correu
para casa e verificou que sua esposa estava bem,
mas seu filho estava na escola.

Foi imediatamente para lá.
E lá encontrou a escola totalmente destruída.
Não restou, uma única parede de pé...

Tomado de uma enorme tristeza.
Ficou ali ouvindo, a voz feliz de seu
filho e sua promessa (não cumprida).
Haja o que houver, eu estarei
sempre a seu lado.

Seu coração estava apertado e
sua vista apenas enxergava a destruição.

A Voz de seu filho e
sua promessa não cumprida,
o dilaceravam.

Mentalmente percorreu inúmeras vezes
o trajeto que fazia diariamente
segurando sua mãozinha.

O portão (que não mais existia);

Corredor ...

Olhava as paredes, aquele rostinho confiante.

Passava pela sala do 3º ano,
virava o corredor e o olhava ao entrar.

Até que resolveu fazer em cima dos escombros,
o mesmo trajeto.

Portão...

Corredor...

Virou a direita e parou em frente
ao que deveria ser a porta da sala.

Nada!

Apenas uma pilha de material destruído.
Nem ao menos um pedaço de
alguma coisa que lembrasse a classe.

Olhava tudo desolado.

E continuava a ouvir sua promessa.

Haja o que houver, eu sempre estarei com você.

E ele não estava...
Começou a cavar com as mãos.
Nisto chegaram outros pais,
que embora bem intencionados,
e também desolados, tentavam
afastá-lo de lá dizendo:

Vá para casa.
Não adianta, não sobrou ninguém.

Vá para casa.

Ao que ele retrucava:

Você vai me ajudar?

Mas ninguém o ajudava, e pouco a pouco,
todos se afastavam. Chegaram
os policiais,
que também tentaram retirá-lo dali, pois viam que não
havia chance de ter sobrado ninguém com vida.

Haviam outros locais com mais esperança.

Mas este homem não esquecia
sua promessa ao filho, a única coisa que
dizia para as pessoas que
tentavam retirá-lo de lá era :

Você vai me ajudar ?

Mas eles também o abandonavam.
Chegaram os bombeiros, e foi a mesma coisa...

Saia daí, não está vendo que
não pode ter sobrado ninguém vivo ?

Você ainda vai por em risco a vida
de pessoas que queiram te ajudar
pois continuam havendo explosões e incêndios.

Ele retrucava :

Você vai me ajudar?

Você está cego pela dor não enxerga mais nada!
Ou então é a raiva da desgraça.

Você vai me ajudar?

Um a um todos se afastavam.
Ele trabalhou quase sem descanso, apenas
com pequenos intervalos,
mas não se afastava dali. 5, 10, 12, 22, 24,30 horas.
Já exausto,
dizia a si mesmo que precisava saber se seu filho estava
vivo ou morto.

Até que ao afastar uma enorme pedra,
sempre chamando pelo filho, ouviu:

Pai ...estou aqui!

Feliz fazia mais força para abrir um vão maior e perguntou:

Você esta bem?

Estou. Mas com sede , fome e muito medo.

Tem mais alguém com você?

Sim, dos 36 da classe 14
estão comigo estamos presos em um vão entre
dois pilares.

Estamos todos bem.
Apenas conseguia se ouvir seus gritos de alegria.

Pai , eu falei a eles:
Vocês podem ficar sossegados,
pois meu pai irá nos achar.

Eles não acreditavam,
mas eu dizia a toda hora ...
Haja o que houver,
meu pai, estará sempre a meu lado
.

Vamos, abaixe-se e tente sair por este buraco.

Não! Deixe eles saírem primeiro...
Eu sei que haja o que houver...

Você estará me esperando!

(Esta história é verídica)

É bom sabermos também
que haja o que houver DEUS
sempre está ao nosso lado.

Pense nisso da próxima vez
que você desanimar,
por algum motivo...

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