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sábado, 20 de novembro de 2010

Semeando o Amor de Deus com Diógenes Guedes


Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo – Cor Litúrgica branca.
“Diante do Rei dos Reis todo joelho se dobrará!”
1ª Leitura - 2º Samuel 5,1-3.
Salmo Responsorial – Salmo 121.
2ª Leitura - Colossenses 1,12-20.
Evangelho - Lucas 23,35-43.
Neste final de Semana Celebramos a Solenidade de Jesus Cristo, o Rei do Universo, Senhor de todas as coisas, pelo qual o Pai lhe deu Poder e Glória exaltando-o sobre todo Nome já existe, Nele, por Ele e para Ele foram feitas todas as coisas visíveis e invisíveis e seu Reino nunca terá fim. Com esta grande Festa encerramos também o nosso Ciclo deste ano Litúrgico (Ano C) e do Tempo Comum, iniciando agora novo Ciclo e ano Litúrgico o Advento do Senhor e o Ano A e ainda Celebramos neste final de Semana o Dia dos Leigos.
A Primeira Leitura retirada do Segundo Livro de Samuel, mostra as tribos de Israel indo ao encontro do Rei Davi para juntar-se e assim em união formarem um só Reino e um só povo acerca de um só Rei.
Tribos que antes tinham seu próprio reinado o Rei Saul, reconhecem em Davi seu Rei puxando-o para sua descendência e Davi esteve à frente do exército lutando a favor do povo do Rei Saul e o próprio Deus lhe ungiu como Rei de todo este povo.
Deus dá a missão de Davi ser Rei, quer dizer, cuidar, apascentar, dirigir, educar e instruir o povo e em segundo lugar Deus deixa claro que o povo é Dele e não de Davi, incumbindo a Davi somente o cuidado e o zelo para guiar este povo.
Desta forma o rei não é o dono do povo, mas sim um instrumento, um servo de Deus, para a condução do seu povo.
O Salmo 121, exalta a cidade de Jerusalém como o Centro de união de todas as tribos e de todos os povos de Israel, pois lá está a sede da justiça e o trono de Davi. O templo de Deus é sinal visível da presença de Deus que se manifesta. “Quanta alegria e felicidade, quando me disseram: Vamos à casa do Senhor!”
A Segunda Leitura retirada da Carta de São Paulo aos Colossenses, aqui o apóstolo Paulo escreve um verdadeiro Hino à Jesus Cristo. Iniciando seus dizeres dando graças e louvores ao Pai, que nos conduz a luz assim como fez aos Santos, pois Ele nos libertou das trevas e nos conduziu a seu Reino por intermédio de seu Filho Jesus e Nele temos a redenção dos nossos pecados e faltas.
Em Jesus Deus entrega a seu Filho Unigênito todo o Universo, tudo que Nele contém, todas as coisas as visíveis e as invisíveis, tudo foi criado por Ele, para Ele e Nele, assim tudo está em suas mãos, o tempo presente, o passado e o futuro, tudo se submete a Ele.
Ele existe antes de todas as coisas e tudo converge para Ele, é a cabeça da Igreja e nós os membros, Ele é o primogênito dentre os mortais e Nele habita a vida plena, e por sua cruz reconciliou todas as criaturas pelo seu sangue Redentor.
Ele é o Alfa e o Ômega, isto é o princípio e o fim.
O Evangelho retirado do Livro de São Lucas, traz o relato do Cristo na cruz, onde Jesus sofrendo e passando todos os insultos e humilhações, as dores daquele momento pregado na cruz ouve a zombaria dos chefes que diziam: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!” Os soldados ofereceram-lhe vinagre no momento de sua sede, se aproximaram e caçoavam dele dizendo: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!”
Em cima da sua cruz colocou-se uma placa com os dizeres: “Este é o Rei dos Judeus”.
Um dos ladrões que estavam crucificados com Jesus dizia: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” O outro ladrão preso do outro lado o repreendeu e disse: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”.
Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.
Vemos aqui no Evangelho que mesmo diante das dores e sofrimentos mortais Jesus ainda se manteve calmo e sereno, foi fiel até o fim aos desígnios do Pai, por isso foi exaltado e perante o Nome de Jesus se dobram todos os joelhos no céu, na terra e nos infernos e toda a língua proclama para a glória de Deus Pai que Jesus Cristo é o Senhor!
A constância da paciência e do amor elevam Jesus a condição do Rei, não um Rei soberbo e poderoso, onde manda e desmanda, com escravos e súditos que o servem como vemos nos reis da humanidade, mas sim o Rei do amor, da paz, da liberdade, do perdão e da paciência, um rei que ama imensa e infinitamente, que perdoa, que releva e que cura as feridas da alma e do coração.
Jesus tinha poder e glória, pois era homem-Deus, poderia ter feito com que todos os planos e percursos mudassem e para que Ele não passasse pela morte, dor e humilhação, mas foi obediente e obediente se fez até a morte e morte de cruz, por isso o Pai do céu o exaltou.
Não condenou e nem amaldiçoou os seus inimigos, aqueles que o maltrataram, que o perseguiam e que o crucificaram. Ouviu tudo calado como ovelha que vai ao matadouro, não revidou, murmurou ou se exaltou.
Aceitando que para a nossa salvação e libertação, abre-nos o céu com o derramamento do seu sangue justo, límpido e redentor.
Vemos neste episódio do Evangelho dois ladrões crucificados com Jesus um que se junta aos chefes e poderosos da lei que humilha e blasfema contra Jesus, somando a sua voz a dos malfeitores de Jesus e outro que reconhece ser pecador, reconhece que errou e que paga por seus erros, pedindo clemência e piedade a Aquele que realmente pode lhe dar a Salvação e a Vida Eterna, aquela que não tem fim e que vale a pena para ser lutada que não será tirada.
E nós diante dos problemas e situações de nossa vida, qual dos dois somos aqueles que xingam, murmuram, só reclamam, nada está bom, tudo está errado, fazemos críticas maldosas em cima de críticas maldosas ou somos aquele outro que reconhecemos a realeza de Jesus em nossa vida, reconhecemos a nossa pequenez diante de um Rei que tudo pode e tudo faz.
O Senhor Jesus prometeu e abriu o céu a aquele que se dispôs a acolhê-lo em sua vida, que o Senhor possa assim ser o Rei de toda a nossa vida, de todas as coisas que temos e que somos, pois, tudo Dele nos provêm. Seja Senhor Rei do nosso coração, da nossa família, do nosso trabalho e estudo, reine com vossa plenitude em tudo o que formos fazer e em nossas decisões para que tomemos as mais corretas diretrizes, pois só Tu sabes o que é de melhor a nós.
Também queremos agradecer ao Senhor o nosso Rei por estar conosco durante todo esse Ano Litúrgico que se finda, principalmente por nos acompanhar em seu amor, paz, caridade, misericórdia e derramando muitas bênçãos e graças a todos nós leigos, filhos e filhas muito amados.
Clamamos assim numa só voz: “Senhor Jesus, sede Rei de todos nós, ocupe o lugar de destaque em nossa vida e em nossa história e permanecei conosco neste novo Ano Litúrgico que se inicia!”
Abençoai-nos o Deus Todo Poderoso. Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Diógenes Guedes.

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