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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Vem Senhor Jesus

Imaginemo-nos, milênios atrás, junto com nossos ancestrais, ainda em meio às trevas da ignorância, nos erros e acertos da busca de trilhas que nos levassem a dias melhores e, enfim, a encontrar a felicidade e a paz. Tínhamos apenas uma pequena chama de esperança em nosso coração e que, muitas vezes, a perdíamos quando dobrávamos os joelhos ante as criaturas, seja pelo seu porte seja pelo seu brilho, astros e animais ainda que fossem de ouro.

Mas, se nos déssemos ao trabalho de procurá-la, como Abraão, nós a veríamos e sua luz iria crescer nas vozes dos Patriarcas e dos Profetas, do mesmo Abraão, que se alegrou com o seu Dia (Cf. Jo. 8,56),de Davi, seu pai, a José que a viu realizar no seio de Maria: “E o Verbo se fez carne”(Cf. Jo. 1,14);de Samuel, Elias, Isaias a João Batista que a mostrou ao mundo: “Eis o Cordeiro de Deus”(Cf. Jo. 1,29) e perante quem o Pai Celeste o proclamou: “Este é meu Filho amado, em quem me comprazo”(Cf. Mat. 3,17).

A esperança nascida da fé, que alimentava esses corações, se realizava, atingida a plenitude dos tempos, naquela noite cheia de estrelas e de luz, quando os Anjos do Céu anunciavam aos Pastores o nascimento do Salvador.

Também nós, esperamos a vinda misericordiosa do Senhor Jesus. Juntos com os nossos Pais, Patriarcas e Profetas, entoamos o pedido que Santo Afonso sintetizou, dizendo “que ao modo de nosso Pais, ardem os nossos corações suspirando ansiosos: apressa-te, Senhor, e vem nascer entre nós”.

O Natal de Jesus não é só um fato histórico a ser comemorado como uma lembrança. Ela se realiza na perenidade de todos os dias, na história de cada um de nós, na história da nossa comunidade, na humanidade de todos as épocas e lugares. A vinda de Cristo plenifica a esperança e a fé abraâmica de todos os tempos, de que, poderíamos dizer, o Natal histórico seria uma das facetas da realidade eterna do amor de Deus por nós.

Recebendo Jesus Salvador, devemos viver uma vida nova. O Apóstolo (Cf. 1Cor, 10, 6 a 13) nos orienta a rejeitar as obras das trevas: “Não cobicemos coisas más, como eles cobiçaram; nem nos tornemos idólatras, como alguns deles...nem nos demos às impurezas… todas essas coisas aconteciam em figuras e foram escritas para advertência nossa, para quem o fim dos séculos chegaram’”.

Reconheçamos o tempo de nossa visitação, para que Jesus não tenha de chorar sobre nós, como na véspera de sua paixão chorou sobre Jerusalém: “Ah, se ao menos neste dia tu conhecesses o que te pode trazer a paz!”(Cf. Lc 19, 41), porque o Dia do Senhor está perto, às portas.

Sim, não podemos dissociar da Vinda misericordiosa de Cristo a sua volta no fim dos tempos. Nós, que o recebemos na Carne, devemos aguardar cheios de esperança, sua Vinda gloriosa, trabalhando para o advento do eu Reino.

Na antecipação mística desta Vinda, quando celebramos o mistério da Redenção, exclamamos firmes na fé, sem temor, porque alicerçados na esperança que nasce da cruz: “Vinde Senhor Jesus”

Aproveitemos o tempo. Preparemos nosso coração para recebermos o Cristo que vem na simplicidade de uma criança enquanto esperamos a manifestação de sua glória.

(Fonte – Catequese Católica – www.catequisar.com.br)

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