Não podemos nos anular entregando a outros tal realidade
Diante de tudo o que a vida apresenta sempre nos são confiadas escolhas e opções. Diante dos dissabores que vivenciamos são diversas as possibilidades que temos para reagir: Ou crescemos com as dores – extraindo delas o devido conhecimento, ou estacionamos nelas e acabamos nos tornando pessoas amargas.
A vida é tecida por opções, por escolhas que fazemos e que acabam delimitando o sentido e as cores de nossa história.
A maneira como agimos e reagimos diante de nossas próprias fraquezas também se constitui como realidade que porta em si o poder de determinar o curso de nossa maturidade. Muitas vezes, concluímos que não somos nem temos o que gostaríamos, e isso nos causa dor. Porém, diante de tal insatisfação – tão humana e natural – temos duas opções: Ou passamos a vida inteira nos lamentando por não sermos nem termos o que idealizamos, ou nos assumimos no que somos e fazemos a vida ser feliz a partir do que temos e somos, ou seja, a partir de nosso real.
A feliz decepção de nos descobrirmos frágeis e imperfeitos pode ser motivo de estéril desgosto ou um significativo impulso para nossa maturidade. Depende da opção que fazemos e da forma como reagimos.
A felicidade é uma possibilidade que reside no real, em nossa verdade. Nunca é tarde para ser feliz e para se decidir por isso. Cada segundo que vivemos se constitui como uma possibilidade concreta para começar a construir, com nossas escolhas, nossa felicidade.
A felicidade não acontece de uma hora para outra; ela é fruto de uma construção, de pequenas e grandes escolhas que precisam ser feitas, as quais, aos poucos, edificam na vida a devida maturidade que sabe extrair sabor de tudo, dando sentido ao que se faz e ao que se vive.
Sempre encontraremos situações diante das quais precisaremos nos posicionar. Ninguém pode construir um “futuro” e uma vida feliz se diz “sim” a tudo o que lhe é oferecido.
Não podemos nos permitir ser “levados pela vida”, tampouco podemos viver sem rumo, sem saber o que queremos, porque – querendo ou não – sempre estamos indo para alguma direção. Ou fazemos escolhas conscientes sobre o que queremos ser, ou seremos “construídos” por modismos e idealizações de outros, tornando-nos assim fantoches nas mãos de uma sociedade que não respeita o que essencialmente somos.
A vida foi confiada a nossa responsabilidade. Nem tudo o que vem a nós é bom, e quem precisa decidir diante de cada situação somos nós. Não podemos nos anular entregando a outros tal realidade, a qual somente a nós compete. Não existe vida autêntica sem responsabilidade, sem assumirmos as rédeas de nossa história e sem decidirmos, de maneira coerente, por aquilo que nos tornará mais gente e, conseqüentemente, mais de Deus.
Nós fazemos as escolhas e as escolhas nos fazem... Por isso, para se construir um futuro é preciso escolher, e escolher bem.
Confiemos a Deus o rumo de nossa história, e busquemos n’Ele a força para melhor decidir, e para escolhermos aquilo que nos fará verdadeiramente felizes.
Deus o abençoe!
Adriano Zandoná
(Fonte – Canção Nova)
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