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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A tartaruga

Havia um menino que era muito impaciente e áspero no tratamento com as pessoas. Se desejava alguma coisa, em vez de pedir com educação, azucrinava os ouvidos alheios até que, para se livrarem dele, davam-lhe o que pedia. Assim acabou por transformar-se em uma criança rebelde e pouco simpática.

Notava que seu comportamento aborrecia muito a seus pais, porém pouco se importava. Desde que conseguisse o que queria, ficava satisfeito. Mas, é claro que, importunando e agredindo os outros , as pessoas também passaram a tratá-lo de igual modo.

E assim, o garoto cresceu, e já jovenzinho, em determinada ocasião, percebeu que essa situação era desconfortável. Preocupado, não sabia porém como mudar. O aprendizado chegou em um domingo em que foi passar o dia no campo com seus pais e irmãos.

Como todo jovem correu e brincou muito. Para descansar um pouco, seguiu em direção às margens de um riacho. Alí encontrou uma tartaruga. Examinou-a com cuidado e, quando tentava chegar mais perto, o animal encolhia e fechava-se dentro de sua casca.

Imediatamente ele passou a tentar fazê-la sair. Pegou um pedaço de pau e começou a cutucar alguns orifícios em sua carapaça. Seus esforços entretanto, não davam resultado. Estava começando a ficar impaciente, quando seu pai então aproximou-se, observou por um instante o que ele estava fazendo e, em seguida, abaixando-se junto a ele, disse:

- Filho, você está perdendo seu tempo. Não vai conseguir nada, mesmo que fique um mês cutucando a tartaruga. Não é assim que se faz !

- Venha comigo e traga o bicho. O filho acompanhou-o até a fogueira que havia sido acesa com pequenos gravetos, e o pai então completou:

- Coloque a tartaruga aqui, não muito perto do fogo. Escolha um lugar morno e agradável.

Intrigado, o filho obedeceu. Dentro de alguns minutos, sob a ação do calor, a tartaruga pôs a cabeça para fora e caminhou tranqüilamente em nossa direção.

O menino ficou muito satisfeito e voltou-se para o pai que lhe disse:

- Filho, podemos em algumas ocasiões comparar pessoas a tartarugas, pois ao lidar com gente, jamais deveremos empregar a força. O calor de um coração generoso pode levar as pessoas a agirem exatamente como nós queremos, sem que se aborreçam ou se sintam magoadas. Pelo contrário, irão fazer o que é preciso com satisfação e espontaneidade.

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