Elisangela
Cavalheiro
Portal
A12
Hoje
(15) a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que recorda o
amor de Deus manifestado em Cristo. Neste dia por recomendação do
Santo Padre também é realizada a ‘Jornada Mundial de Oração pela Santificação
do Clero’.
A devoção
ao Sagrado Coração de Jesus tem sua origem ligada a São João Eudes, sacerdote
que nasceu em 1601 na França. O santo fundou a congregação dos Eudistas e a de
Nossa Senhora da Caridade, que tiveram papel fundamental na difusão da devoção
ao Sagrado Coração de Jesus. São João Eudes foi o autor dos primeiros textos
para a celebração litúrgica do Sagrado Coração de Jesus e de Maria.
Mas
foi a monja Santa Margarida Maria Alacoque (1647 – 1690), que impulsionou o
culto ao Sagrado Coração de Jesus. Vivendo no Mosteiro da Visitação de
Paray-le-Monial, na França, Margarida Maria recebeu revelações do próprio Jesus
para que divulgasse a devoção ao Sacratíssimo Coração, por meio de 12
promessas.
Padre
Rogério Félix, pároco da Paróquia Coração de Jesus de São José dos Campos (SP)
destaca que a devoção ao Coração de Cristo começou numa ocasião difícil para a
Igreja.
“Num
momento difícil que a Igreja passava, em que se divulgavam ideias que Deus não
derramava toda a sua graça, o seu amor e a sua misericórdia sobre todos, mas
para apenas um grupo, foi nesse contexto que apareceu Santa Margarida Maria
Alacoque. Nos anos de 1673 a 1675, ela tem esse colóquio, essa intimidade, essa
experiência mística com Jesus. Jesus aparece pra ela e revela o desejo Dele de
que o mundo, as pessoas, os homens, as mulheres, todos, se voltem mais para o
coração dele”, explica.
O
papa Pio XII em 1956 escreveu a Carta Encíclica ‘Haurietis Aquas’ sobre o culto
do Sagrado Coração de Jesus, que contribuiu para oficializar a devoção. A festa
litúrgica é comemorada sempre na sexta-feira seguinte ao Corpus Christi.
“O
adorável coração de Jesus Cristo pulsa de amor ao mesmo tempo humano e divino
desde que a virgem Maria pronunciou aquela palavra magnânima: ‘Fiat’, e o Verbo
de Deus, como nota o Apóstolo, ‘ao entrar no mundo disse: Não quiseste
sacrifício nem oferenda, mas me apropriaste um corpo; holocaustos pelo pecado
não te agradaram. Então disse: Eis que venho: segundo está escrito de mim no
princípio do livro, para cumprir, ó Deus, a tua vontade... Por esta vontade,
pois, somos santificados pela oblação do corpo de Cristo feita uma só vez’ (Hb
10,5-7.10). De maneira semelhante palpitava de amor o seu coração, em perfeita
harmonia com os afetos da sua vontade humana e com o seu amor divino, quando,
na casa de Nazaré, ele mantinha aqueles celestiais colóquios com sua dulcíssima
Mãe e com seu pai, São José, a quem obedecia e com quem colaborava no fatigante
ofício de carpinteiro. Esse mesmo tríplice amor movia o seu coração nas suas
contínuas excursões apostólicas, quando realizava aqueles inúmeros milagres,
quando ressuscitava os mortos ou restituía a saúde a toda sorte de enfermos,
quando sofria aqueles trabalhos, suportava o suor, a fome e a sede; nas
vigílias noturnas passadas em oração a seu Pai amado; e, finalmente, nos
discursos que pronunciava e nas parábolas que propunha, especialmente naquelas
que tratam da misericórdia, como a da dracma perdida, a da ovelha desgarrada e
a do filho pródigo. Nessas palavras e nessas obras, como diz Gregório Magno,
manifesta-se o próprio coração de Deus. ‘Conhece o coração de Deus nas palavras
de Deus, para que com mais ardor suspires pelas coisas eternas’”.
Para
Padre Rogério, ao contemplar o Coração de Jesus encontramos o consolo para
nossas vidas. “À medida que me aproximo de Jesus, quando o contemplo na cruz,
envolto em espinhos e o sangue que sai do seu coração, ele convida ‘Vinde a mim
vós que estais cansados, vinde a mim e encontrarão paz e repouso para o vosso
espírito’”, finaliza.
(Fonte – www.a12.com)
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