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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Sagrado Coração de Jesus: devoção ao coração humano e divino de Cristo


Elisangela Cavalheiro
Portal A12

Hoje (15) a Igreja celebra a solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que recorda o amor de Deus manifestado em Cristo.  Neste dia por recomendação do Santo Padre também é realizada a ‘Jornada Mundial de Oração pela Santificação do Clero’.

A devoção ao Sagrado Coração de Jesus tem sua origem ligada a São João Eudes, sacerdote que nasceu em 1601 na França. O santo fundou a congregação dos Eudistas e a de Nossa Senhora da Caridade, que tiveram papel fundamental na difusão da devoção ao Sagrado Coração de Jesus. São João Eudes foi o autor dos primeiros textos para a celebração litúrgica do Sagrado Coração de Jesus e de Maria.

Mas foi a monja Santa Margarida Maria Alacoque (1647 – 1690), que impulsionou o culto ao Sagrado Coração de Jesus. Vivendo no Mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, na França, Margarida Maria recebeu revelações do próprio Jesus para que divulgasse a devoção ao Sacratíssimo Coração, por meio de 12 promessas.

Padre Rogério Félix, pároco da Paróquia Coração de Jesus de São José dos Campos (SP) destaca que a devoção ao Coração de Cristo começou numa ocasião difícil para a Igreja.

“Num momento difícil que a Igreja passava, em que se divulgavam ideias que Deus não derramava toda a sua graça, o seu amor e a sua misericórdia sobre todos, mas para apenas um grupo, foi nesse contexto que apareceu Santa Margarida Maria Alacoque. Nos anos de 1673 a 1675, ela tem esse colóquio, essa intimidade, essa experiência mística com Jesus. Jesus aparece pra ela e revela o desejo Dele de que o mundo, as pessoas, os homens, as mulheres, todos, se voltem mais para o coração dele”, explica.

O papa Pio XII em 1956 escreveu a Carta Encíclica ‘Haurietis Aquas’ sobre o culto do Sagrado Coração de Jesus, que contribuiu para oficializar a devoção. A festa litúrgica é comemorada sempre na sexta-feira seguinte ao Corpus Christi.


“O adorável coração de Jesus Cristo pulsa de amor ao mesmo tempo humano e divino desde que a virgem Maria pronunciou aquela palavra magnânima: ‘Fiat’, e o Verbo de Deus, como nota o Apóstolo, ‘ao entrar no mundo disse: Não quiseste sacrifício nem oferenda, mas me apropriaste um corpo; holocaustos pelo pecado não te agradaram. Então disse: Eis que venho: segundo está escrito de mim no princípio do livro, para cumprir, ó Deus, a tua vontade... Por esta vontade, pois, somos santificados pela oblação do corpo de Cristo feita uma só vez’ (Hb 10,5-7.10). De maneira semelhante palpitava de amor o seu coração, em perfeita harmonia com os afetos da sua vontade humana e com o seu amor divino, quando, na casa de Nazaré, ele mantinha aqueles celestiais colóquios com sua dulcíssima Mãe e com seu pai, São José, a quem obedecia e com quem colaborava no fatigante ofício de carpinteiro. Esse mesmo tríplice amor movia o seu coração nas suas contínuas excursões apostólicas, quando realizava aqueles inúmeros milagres, quando ressuscitava os mortos ou restituía a saúde a toda sorte de enfermos, quando sofria aqueles trabalhos, suportava o suor, a fome e a sede; nas vigílias noturnas passadas em oração a seu Pai amado; e, finalmente, nos discursos que pronunciava e nas parábolas que propunha, especialmente naquelas que tratam da misericórdia, como a da dracma perdida, a da ovelha desgarrada e a do filho pródigo. Nessas palavras e nessas obras, como diz Gregório Magno, manifesta-se o próprio coração de Deus. ‘Conhece o coração de Deus nas palavras de Deus, para que com mais ardor suspires pelas coisas eternas’”.

Para Padre Rogério, ao contemplar o Coração de Jesus encontramos o consolo para nossas vidas. “À medida que me aproximo de Jesus, quando o contemplo na cruz, envolto em espinhos e o sangue que sai do seu coração, ele convida ‘Vinde a mim vós que estais cansados, vinde a mim e encontrarão paz e repouso para o vosso espírito’”, finaliza.

 (Fonte – www.a12.com

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