André
Costa
Portal A12
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Neste sábado (4), comemoramos o dia do padre e durante todo o mês de agosto a Igreja celebra e relembra a importância das vocações.
Hoje em dia é comum ouvirmos pessoas falando sobre a figura do padre, questionando sua importância e o valor de sua missão numa sociedade secularizada.
Mas sua importância é única, e por isso muitos
jovens ainda são tocados pelo Espírito Santo para dedicar a vida ao próximo.
É comum perguntarmos por que um rapaz decide deixar tudo para seguir a vocação de padre.
Deixar o lar, um futuro profissional talvez
brilhante, e a possibilidade de formar uma família.
A resposta é que ele tem no coração dois grandes
amores. Amor a Deus e amor aos seus irmãos e irmãs em Cristo. Por isso, ele
percebe, com mais sensibilidade, os sofrimentos e injustiças na sociedade
atual. Ele sente, também, o forte chamado de Deus para ajudar os outros,
especialmente os mais pobres e marginalizados.
Em entrevista exclusiva ao portal A12.com, padre Júlio Lancelotti, Vigário Episcopal para o povo de rua da Arquidiocese de São Paulo, disse que “descobrir a vocação a seguir é um processo de discernimento, escolha, compromisso contínuo .Não é um episódio, mas uma resposta que se constrói com a vida, nos conflitos e na busca constante, na alegria e na inquietude".
Padre Júlio, que atualmente é militante de Direitos Humanos e atua na Pastoral de Rua na convivência com os irmãos de rua, articulando ações pastorais e buscando politicas públicas de atenção e cuidado aos mais vulneráveis, lembrou que não é fácil ser padre na época de hoje, num mundo em rápida transformação, com ênfase no individualismo, mas deixou claro que ainda existem muitos jovens buscando responder ao chamado que sentem para a vocação de padre.
“A resposta tem encontrado exigências e é
preciso não fantasiar uma missão extremamente exigente. Penso que o trabalho
vocacional permanente é humanizar a vida e discernir os caminhos a seguir.
Acredito que a maior dificuldade é a ambição, o desejo de consumir cada vez
mais, a idealização e tudo o que não é ausculta interior e resposta ao amor de
Deus. Hoje, os jovens que buscam o sacerdócio precisam ser generosos, amar o
serviço aos pobres e esquecidos e serem seguidores de Jesus sem ter medo da
cruz”, afirmou.
Mais do que nunca a figura do padre se faz necessária na sociedade contemporânea. Ser padre é encargo, ministério, serviço e, através destes atributos, é dom de amor, forma de união a Deus e aos homens.
Assim, o padre não pode jamais ser dominador
ou explorador. Ele deve ter um grande carinho e dedicação para com o povo.
Pelo menos essa é a opinião do Padre Renan
Rangel dos Santos Pereira, assessor da Pastoral Vocacional da Arquidiocese de
Aparecida, que o sacerdote deve ser próximo ao povo e ser atento ao momento de
falar e de silenciar.
“O padre é um servidor e não um dominador. É
antes de tudo próximo de Deus e por isso também próximo do povo. Precisa
lembrar que não é um mandante, mas sim, amigo do povo, vivendo no meio dele,
ouvindo seus problemas e angústias”, afirmou.
O padre tem que ser uma pessoa forte, com grande fé, humildade, sabedoria, espírito de oração e perseverança, porque sua missão é frequentemente penosa e seu compromisso é para toda a vida.
Como qualquer ser humano, tem seus limites, seus erros e pecados e, por isso, deve rezar a Deus diariamente para que seja fiel ao seu projeto de salvação, perseverança na sua vocação e santidade de vida.
O padre é também pastor, vive para seu
rebanho. Assim, passa sua vida recebendo confidências, evitando rupturas,
reconstruindo vidas e amizades.
O sacerdote é administrador dos sacramentos e pregador da Palavra de Deus através da qual devemos crescer na fé. É sempre consciente de que sua missão é o prolongamento da missão do próprio Cristo.
Foto: Portal A12
(Fonte – www.a12.com)
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