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domingo, 23 de setembro de 2012

Concílio Vaticano II: Renovação da vida cristã


Polyana Gonzaga
Redação Portal A12



É possível perceber a grande renovação trazida pelo Concílio Vaticano II. As mudanças mais perceptíveis ocorreram na liturgia. Na Igreja pós-conciliar as orações da Santa Missa são feitas na língua falada no país e o sacerdote fica voltado para o Povo de Deus.


Para o teólogo e filósofo, padre João Batista Libânio, as mudanças mais significativas estão na vida interna eclesial, a participação do leigo cresceu.


“Faz parte de conselhos nos diversos níveis. Aí estão reflexos positivos do espírito colegial que se inicia entre o Papa e os irmãos no episcopado, depois do clero com o bispo para encontrar na presença maior do leigo momento de enorme riqueza. Incentiva-se no fiel a liberdade criativa, a vivência da experiência pessoal de Deus na oração e na liturgia”, afirmou o teólogo.


Padre João Batista Libânio esteve na inauguração da segunda sessão do Concílio com o Papa Paulo VI e destacou que a inauguração da segunda Sessão do Concílio equivale quase a um segundo início.


Libânio acrescentou que João XXIII, no discurso inaugural, estabeleceu três linhas fundamentais para todo o Concílio: aggiornamento de toda a Igreja no mundo de hoje, espírito ecumênico e caráter pastoral.


“Paulo VI fez maravilhoso discurso de abertura. Havia enorme expectativa sobre ele. Não a defraudou, antes mostrou vigor, clareza e incentivo a continuar a linha de abertura de João XXIII. Concretiza tal linha com a famosa pergunta: Igreja, que dizes de ti mesma? Propõe aos Padres conciliares que pensem, discutam e redijam textos que nos esclareçam a vocação, natureza, realidade histórica presente da Igreja, que abram novos caminhos para ela. Numa palavra, diz Paulo VI: que digam à Igreja o que ela própria pensa de si mesma. E acrescentou claramente: Sim, o Concílio tende a uma renovação da Igreja. E assim avançou ele”, afirmou o padre.


Percebe-se ao longo dos anos que uma renovação percorreu comunidades, paróquias, dioceses e a crescente participação dos leigos na ação evangelizadora.


“Depois de longos séculos de dificuldade com as Igrejas evangélicas e outras religiões, nasce espírito ecumênico e de diálogo inter-religioso nas pegadas conciliares. Finalmente, a Igreja, como Povo de Deus, sente a vocação de fermentar o mundo com sua presença em verdadeira missão evangelizadora”, acrescentou Padre João Batista Libânio.


O teólogo diz ainda que a riqueza do Concílio necessita de tempo para ser assimilada. No cinquentenário de seu início, todo os cristãos devem rezar para que o Concílio produza ainda mais frutos e que possam colocar em prática seus apelos e orientações.
(Fonte – www.a12.com

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