Tempo de renovação da vida cristã pela
conversão, a mensagem do Pontífice aponta reflexões para o “caminho
pessoal e comunitário de conversão”.
Num primeiro momento, o Santo Padre fala
sobre a pobreza de Jesus, frisando que Ele “fez-se pobre; desceu ao
nosso meio, aproximou-se de cada um de nós” para “se tornar em tudo
semelhante a nós”. E relacionou o mistério da encarnação de Jesus com o
grande amor de Deus.
“A encarnação de Deus é um grande
mistério. Mas, a razão de tudo isso é o amor divino: um amor que é
graça, generosidade, desejo de proximidade, não hesitando em doar-se e
sacrificar-se pelas suas amadas criaturas. A caridade, o amor é
partilhar, em tudo, a sorte do amado. O amor torna semelhante, cria
igualdade, abate os muros e as distâncias. Foi o que Deus fez conosco”,
completou.
Em seguida, frisou a missão da Igreja diante da miséria dos irmãos.
“A Igreja oferece o seu serviço, a sua diakonia,
para ir ao encontro das necessidades e curar estas chagas que deturpam o
rosto da humanidade. Nos pobres e nos últimos, vemos o rosto de Cristo;
amando e ajudando os pobres, amamos e servimos Cristo”.
O Papa falou ainda sobre três tipos de miséria: a miséria material, a miséria moral e a miséria espiritual.
Sobre a miséria material. destacou os
males que a busca insana pelo poder, luxo e dinheiro promovem na vida em
sociedade. “Acabam por se antepor à exigência de uma distribuição
equitativa das riquezas. Portanto, é necessário que as consciências se
convertam à justiça, à igualdade, à sobriedade e à partilha”.
A respeito da miséria espiritual, disse
que ela é tão preocupante quanto as outras, pois torna o homem “escravo
do vício e do pecado”.
Por fim, falou que a miséria espiritual é
a recusa do homem ao amor de Deus e que o “antídoto” para esse tipo de
miséria é a mensagem libertadora do Evangelho.
“O Evangelho é o verdadeiro antídoto
contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o
ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de
que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e
de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna. O Senhor
convida-nos a sermos jubilosos anunciadores desta mensagem de
misericórdia e esperança”.
E continua:
“É bom experimentar a alegria de
difundir esta boa nova, partilhar o tesouro que nos foi confiado para
consolar os corações dilacerados e dar esperança a tantos irmãos e irmãs
imersos na escuridão. Trata-se de seguir e imitar Jesus, que foi ao
encontro dos pobres e dos pecadores como o pastor à procura da ovelha
perdida, e fê-lo cheio de amor. Unidos a Ele, podemos corajosamente
abrir novas vias de evangelização e promoção humana”.
Leia aqui a íntegra da mensagem: Mensagem do Santo Padre Francisco para a Quaresma de 2014.
Fonte: Rádio Vaticano.
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