Pesquisar no blog

domingo, 23 de março de 2014

A dor de um pai

Você já levou seu filho a uma farmácia para tomar uma injeção? Ele chorou? Creio que sim, e muito, pois eu já passei por essa triste experiência muitas vezes. E você desistiu de aplicar a injeção nele por causa do seu choro? Eu sei que não, porque você o ama e não queria que a doença o dominasse. Algum tio ou tia pediu para você deixar de levá-lo à farmácia para tomar a injeção? Creio que não, porque eles também temiam pela doença... Então, é melhor ouvir o choro da criança.
Ora, Deus faz assim com a gente também; às vezes, para que a doença espiritual não mate a alma, Ele nos toma no colo e nos leva para a “farmácia espiritual” para tomar uma injeção, um antibiótico contra o pecado, afim de que a alma não morra. É claro que a gente chora como uma criança, mas Deus não desiste de nos tratar, mesmo sendo doído para Ele escutar nossos lamentos. E não adianta querer entender o porquê estamos tomando uma “injeção” espiritual; nenhuma criança entenderá, e muito menos aceitará, tomar uma injeção, mesmo que esteja muito doente. É o nosso caso também.
Então, o melhor é confiar no bom Deus que trata de nós; se entregar em suas mãos, certos de que passaremos pela dor da “injeção”, mas consolados por estar nos braços do Pai.
O autor da Carta aos hebreus mostra como Deus age conosco, medite nisso profundamente:
“Estais esquecidos da palavra de animação que vos é dirigida como a filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor. Não desanimes, quando repreendido por ele; pois o Senhor corrige a quem ama e castiga todo aquele que reconhece por seu filho (Pr 3,11s). Estais sendo provados para a vossa correção: é Deus que vos trata como filhos. Ora, qual é o filho a quem seu pai não corrige? Mas se permanecêsseis sem a correção que é comum a todos, seríeis bastardos e não filhos legítimos. Aliás, temos na terra nossos pais que nos corrigem e, no entanto, os olhamos com respeito. Com quanto mais razão nos havemos de submeter ao Pai de nossas almas, o qual nos dará a vida? Os primeiros nos educaram para pouco tempo, segundo a sua própria conveniência, ao passo que este o faz para nosso bem, para nos comunicar sua santidade” (Hb 12,5-10).
Um pai não pode ver um filho se perder sem fazer o que pode. O amor exige que corrija o filho que se desviou do caminho da felicidade.
Deus, muitas vezes, como um Cirurgião, tem de cortar a carne para salvar a alma.
Professor Felipe Aquino

Um comentário:

Por favor, ao comentar não esqueça de deixar seu nome!