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terça-feira, 15 de março de 2011

No ato de servir, encontramos a felicidade

A pura alegria de proporcionar bem-estar ao próximo

O ato de “servir” é praticamente inerente a todo ser humano. É notável como o serviço tem sido necessário para os avanços da humanidade através dos séculos. Em princípio, tudo o que se faz, se constrói, se pesquisa ou inventa tem por finalidade melhorar a vida no nosso planeta. Não se pode negar que esse empreendedorismo rende benefícios individuais, como prestígio, compensação financeira, satisfação pessoal com o aprendizado ou com sua aplicabilidade.

No entanto, vale a pena mencionar que nem todos os propósitos são honrosos.

Dentro das dimensões do trabalho existe também a face do servir com gratuidade. O serviço voluntário implica fazer algo para outra pessoa sem esperar uma gratificação como forma de pagamento. Há quem, em atitude magnânima, seja capaz de servir ciente de que não receberá sequer um “muito obrigado”. Aquele que, livre e espontaneamente, se torna voluntário na execução de determinado trabalho, pelo simples propósito de fazer o bem, liberta o favorecido de qualquer forma de retribuição. Há quem acredite que esse desprendimento seja uma insanidade por ser totalmente avesso à inclinação que temos em buscar os meios para a própria sobrevivência.

Mas, quando nos fazemos servos dos outros, enchemos nosso coração com o sentimento da alegria. Aquele que está disposto a trabalhar, sem visar recompensas, tem apenas a pura alegria de proporcionar bem-estar ao próximo, sem um acréscimo a sua pessoa. É um júbilo espiritual.

Nossa Senhora demonstra a alegria de ser serva quando vai ajudar a prima Isabel e canta esse sentimento ao encontrá-la: “Minha alma glorifica o Senhor, e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu salvador, porque Ele olhou para sua pobre serva” (Lucas 1, 46-48).

Mais tarde, Jesus faz do servir desinteressado um princípio cristão: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos” (Mateus 20,28).

Para não nos atermos somente aos grandes propósitos, mas também àqueles ‘pequenos grandes gestos’, temos no Evangelho de Lucas: “Mas quando deres uma ceia, convida os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos. Serás feliz porque eles não tem com que te retribuir” (Lucas 14,13-14).

Existe nessas citações bíblicas um princípio eterno, que liga o efeito da alegria à ação de servir. Esse sentimento tão prazeroso acontece também pelo serviço. Portanto, podemos buscar sempre mais preencher nossas vidas com o belo sentimento da felicidade que proporcionamos aos outros sem que estes nos tenham pedido e sem que esperemos nada em troca.

Jesus, o Mestre, com Sua Mãe, a Santíssima Virgem Maria, querem nos indicar com isso que a verdadeira alegria está dentro de nós e vem à tona quando deixamos aflorar todo o amor que podemos proporcionar aos que Deus põe em nosso caminho.

A recompensa maior certamente está no céu, mas pode ser desfrutada já aqui neste mundo. Para encontrar a felicidade, comece praticando um dom e oferecendo-o gratuitamente a quem está próximo de você. Necessidades e circunstâncias por aí não vão faltar, é só ficar atento, pois o Altíssimo quer fazê-lo feliz!

Sandro Ap. Arquejada - Com. Canção Nova
sandroarq@geracaophn.com

(Fonte – Canção Nova)

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