Dogma, por definição, é algo que não admite contestação. O termo “dogma” provém da língua grega, “dogma”, que significa “opinião” e “decisão”. Para a Igreja, é uma verdade teológica. Os dogmas marianos foram conquistas históricas e teológicas do cristianismo. Fazem parte do patrimônio e da doutrina da Igreja. Brotaram do senso sobrenatural dos fiéis e foram formulados pela Igreja. Os dogmas marianos manifestam a importância que a Igreja dá a Maria, a Mãe de Jesus Cristo. São quatro dogmas marianos:
1. Dogma de Maria, Mãe de Deus
O dogma da Maternidade Divina se refere a que a Virgem Maria é verdadeira Mãe de Deus e foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso (431 d.C.), sendo que o Papa São Clementino I definiu: “Se alguém não confessar que o Emanuel (Cristo) é verdadeiramente Deus, e que portanto, a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, porque pariu segundo a carne ao Verbo de Deus feito carne, seja anátema.”
E o Concílio Vaticano II faz referência a esse dogma da seguinte maneira: “Desde os tempos mais remotos, a Bem-Aventurada Virgem é honrada com o título de Mãe de Deus, a cujo amparo os fiéis acodem com suas súplicas em todos os seus perigos e necessidades”. (Constituição Dogmática Lumen Gentium, nº 66).
2. Dogma da Virgindade Perpétua de Maria
Conferindo as Sagradas Escrituras e os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão preconizou como verdade a Virgindade Perpétua de Maria no ano 649. Durante o Concílio, o Papa Matinho I assim afirmou: “Se alguém não confessa de acordo com os santos Padres, propriamente e segundo a verdade, como Mãe de Deus, a santa, sempre virgem e imaculada Maria, por haver concebido, nos últimos tempos, do Espírito Santo e sem concurso viril gerado incorruptivelmente o mesmo Verbo de Deus, especial e verdadeiramente, permanecendo indestruída, ainda depois do parto, sua virgindade, seja condenado”.
Nossa Senhora foi sempre Virgem, isto é, antes do parto, no parto e depois do parto. Os diversos credos e concílios antigos retomaram e afirmaram essa verdade. Santo Inácio de Alexandria, São Justino, Santo Irineu, Santo Epifrânio, Santo Efrém, Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho foram os exímios defensores da Virgindade de Maria. A Virgindade perpétua de Maria faz parte integrante da fé cristã.
3. Dogma da Imaculada Conceição
O Dogma da Imaculada Conceição estabelece que Maria foi concebida sem mancha de pecado original, tendo sido proclamado pelo Papa Pio IX, no dia 8 de dezembro de 1854, na Bula Inefabilis Deus: “Declaramos, pronunciamos e definimos que a doutrina que sustenta que a Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, e preservada imune de toda mancha de culpa original, foi revelada por Deus, portanto, deve ser firme e constantemente crida por todos os fiéis.”
4. Dogma da Assunção
O dogma da Assunção se refere a que a Mãe de Deus, ao fim de sua vida terrena foi elevada em corpo e alma à glória celestial, foi proclamado pelo Papa Pio XII, no dia 1 de novembro de 1950, na Constituição Munificentissimus Deus: “Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a Luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus Onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu”
Conhecer os dogmas e os documentos da nossa Igreja nos leva a compreendê-la melhor e consequentemente, nos faz amá-la ainda mais, tornando-nos mais conscientes e capacitando-nos a defendê-la das injustiças e acusações que ela sofre diariamente.
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