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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A QUARTA - FEIRA DE CINZAS


Com a Quarta - feira de cinzas iniciamos o tempo chamado pela Igreja de Quaresma, após cessado todo barulho advindo das festas do Carnaval somos convidados a este período de recolhimento e de meditação, não de tristeza, melancolia e solidão, mas sim de oração, penitência e de fé, pois como dizia São Paulo “Eis o tempo favorável, eis o tempo de conversão, eis o dia da Salvação!”. Neste dia ao invés de termos o ato penitencial como de costumes nas Celebrações, após a Proclamação do Evangelho e a homilia serão colocadas sobre nossas cabeças as cinzas que nos mostram que somos pó e ao pó retornaremos e que precisamos das graças e bênçãos de Deus, pois em nossa fraqueza Deus age e nos faz fortes. Somos convidados, sobretudo a atender ao pedido e ao clamor do Senhor que nos diz: “Convertei-vos e crede no Evangelho!” (Mc 14,15). É tempo de estarmos atentos as coisas do alto, não deixar a graça deste período passar despercebida entre nós. Também somos impelidos a viver a proposta da igreja neste tempo forte a vivermos a experiência do jejum, da oração e penitência e da esmola (caridade). A Quaresma tem como objetivo nos levar a Deus pelo caminho da mudança e da conversão sincera de coração, tempo também de fazer uma profunda revisão de vida para vermos se estamos configurados com a Palavra de Deus, se estamos sendo filhos e filhas da luz e nos prepararmos para a Páscoa do Senhor e pra Ressurreição do Mestre. Converter-se é retomar, voltar ao caminho de Deus que foi deixado para trilhar outros caminhos tortuosos, errados e que nos trouxeram falsas alegrias e falsa promessa de expectativa de vida. “O vosso coração de pedra se converterá, em novo, em novo coração!”. Deus nos chama a renovar o nosso interior a fazer adesão a sua Palavra e ao modo de vida Cristã e Santa para com ele passar pela dor e pela morte, mas não parando aí e sim caminhando em busca da Ressurreição e a glória eterna. Ao ressurgir Cristo renova toda a natureza e sobretudo nos doa a sua Salvação eterna, pois como nos diz a Palavra: “Se com ele morrermos com ele ressurgiremos para a vida eterna!”. E em consonância com toda a Igreja do Brasil através da propostas de nossos bispos pela CNBB também vamos meditar o lema e o tema da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 – Economia e Vida. “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro!”. (Mt 6,24). A liturgia da Igreja neste tempo nos mostra os sinais desse recolhimento e do deserto espiritual nos sinais externos para que possamos assim interiormente mantermos certo recolhimento, tais como a omissão do Hino de Louvor (Glória), a supressão do Aleluia, na Aclamação ao Evangelho, tendo seus textos próprios do Missal Romano, a retirada das flores da igreja, poucos instrumentos musicais, sobretudo os de percussão como bateria, atabaques, pandeiros e outros, sendo os instrumentos para a manutenção das vozes apenas, há lugares que se cobrem as imagens dos Santos da Igreja tudo pra se manter a sobriedade do tempo litúrgico e pra um encontro mais particular e profundo dos fiéis, voltando-se totalmente a Deus e ao seu Filho Jesus. Vemos também no adorno da Igreja, nas toalhas do altar e do ambão da Palavra, nas vestes dos sacerdotes a cor roxa que prevalece no 1º e 2º e 3º domingo da Quaresma, abrindo espaço para o róseo 4º domingo da quaresma, pois as alegrias pascais se aproximam e retornando o roxo no 5° domingo da quaresma. A cor litúrgica do roxo quer dizer é tempo de penitência, conversão, mudança de vida, voltar-se para Deus. Que possamos todos assim viver bem este tempo quaresmal na igreja usufruirmos de toda graça, das bênçãos e da redenção do Senhor e juntos possamos clamar: “Senhor, eis aqui o teu povo que vem implorar teu perdão, é grande o nosso pecado, porém é maior o teu coração!”.

Por:

Diógenes Guedes.

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