Pesquisar no blog

sábado, 13 de março de 2010

Reflexão - Um carinho de criança

Um carinho de criança

Conta-se que, no tempo da guerra entre
a Rússia e o Japão, certa tarde, após cessarem
os bombardeios, junto à linha de fogo
surgiu uma criança perscrutando, com o olhar
curioso e indagador, como quem procura descobrir
um semblante saudoso e querido
naquele triste campo de batalhas.

Ao ver a pequena, um bravo soldado japonês
que podia dominar a língua eslavo-oriental,
tomando em suas mãos calosas as acetinadas
mãozinhas da criança, indagou com ternura:

-O que deseja, minha pequena?
Está procurando algo no meio da tropa?
Quem é você? De onde vem? Qual é o seu nome?

-Meu nome é Lina. Estou procurando o papai,
que há muito tempo não vejo.
Sinto tanta saudade e desejava vê-lo agora.

-Que pena... O seu papai já não está mais aqui.
Ele seguiu em frente. Posso lhe dar algum recado?
Fale-me como ele é e vou procurá-lo e dar suas notícias.
Está bem?

-É fácil distinguí-lo... Meu pai é alto, forte,
tem olhos azuis como os meus e um bonito rosto barbado.
Os cabelos também são loiros.

E a criança, esperançosa, tirou do bolsinho
do avental uma foto do pai, dizendo sorridente:
-Dou-lhe esta foto para que o reconheça.
Ele se chama Ivan.

O soldado, comovido, colocou o retrato
no bolso da sua túnica e indagou com enorme carinho:

-Bem, agora qual é o recado que vai deixar
comigo para o seu papai?

-Não é nenhum recado que eu quero que lhe dê...

-Então o que é?
Pode falar que eu prometo fazer o que pede.

-Sim, eu quero que chegue juntinho dele
e entregue esse meu beijo.

Assim dizendo, a pequena pulou ao colo
do soldado e beijou-lhe o rosto umedecido
pelas lágrimas e voltou correndo por
onde havia chegado.

Durante toda aquela noite foi intenso
o bombardeio e num assalto a tropa
japonesa conquistou o inimigo.
Os feridos começaram a ser recolhidos indistintamente.
Nisto, aquele soldado japonês viu passar,
carregado, um soldado cujas feições
se assemelhavam muito às da criança.
Tirou a foto do bolso e conferiu.
Não havia dúvidas. Era ele.
O soldado o chama:

-Ivan?

-O que deseja?
-respondeu o russo ferido.

-Trago comigo um carinhoso beijo que Lina,
sua filhinha lhe enviou.

Dizendo isto, beijou a fronte do inimigo ferido
e o abraçou ternamente.

Não havia ali lugar para o ódio...
Foi o que aprendeu com Lina.

(FONTE – Catequese Católica)



Clique aqui e seja o primeiro a comentar!:

Por favor, ao comentar não esqueça de deixar seu nome!