15º Domingo do Tempo Comum – Cor Litúrgica – Verde.
“Ele é o primogênito da criação. Tudo o que existe foi Nele criado, Nele encontramos a Redenção!”
1ª Leitura – Deuteronômio 30, 10-11.
Salmo Responsorial – Sl. 68 ou 18b
2ª Leitura – Colossenses 1, 15-20.
Evangelho – Luas 10, 25-37.
Com a Igreja e a Liturgia estamos percorrendo o Tempo Comum que nos traz os ensinamentos da vida de Jesus e tudo aquilo que Ele passou a seus discípulos e ao seu povo através da Palavra de Deus.
Na Primeira Leitura retirada do Livro do Deuteronômio vemos o próprio Moisés exortando e ensinando o seu povo, a ouvir a voz de Deus, seguir seus ensinamentos, buscando a sincera conversão, a transformação espiritual pra sua vida.
E o próprio profeta nos mostra que tais ensinamentos não são tão difíceis assim de observar e seguir. A Palavra de Deus não é algo estranho a nós, distante, mas sim está dentro de nós, do nosso coração.
Pronunciamos muito com os nossos lábios a Palavra de Deus, mas será que o nosso coração e a nossa vida, condizem realmente com aquilo que professamos ou dizemos? Ou será que somos um povo que só louva a Deus com palavras e com os lábios e o nosso ser e o nosso coração estão distantes Dele?
No Salmo 68, o Salmista nos convida a buscarmos o Senhor de coração e Ele nos alcançará com a sua mão. “Humildes buscai a Deus e o vosso coração reviverá!”
Na Segunda Leitura retirada da Carta de São Paulo aos Colossenses nos mostra que Jesus é a imagem do Deus invisíveis, aquele que não o vimos e nem se manifestou a nós, mas está presente na figura do seu Filho amado. Nos diz Jesus: “Quem me vê, vê o Pai.”
Tudo foi criado por causa dele e para Ele. Ele existe antes mesmo de todas as coisas visíveis e invisíveis, e tudo tem Nele sua consistência.
Ele detém a primazia, é a cabeça do corpo, que é a Igreja. É o princípio, o primogênito dentre os mortais.
Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude e reconciliar todos os seres Nele, trazendo a paz no céu e na terra por seu sangue vertido na cruz.
No Evangelho segundo Lucas vemos Jesus contar a parábola do bom samaritano, ao ser indagado por alguém que dizia: “Senhor, que posso fazer para ganhar a vida eterna?” Jesus pergunta: “Mas como lês a lei?” o homem como o resumo dos mandamentos, sintetizando em dois apenas, os mais importante. “Amarás o Senhor teu Deus e o teu próximo como a ti mesmo.”
Jesus diz a Ele: “Observa e faz isso e viverás!” Contudo o Mestre o questiona: “E quem é o teu próximo?”
Após isso contou-lhe a parábola do bom samaritano. Ao qual vinha um homem pela estrada com o seu cavalo e foi assaltado, onde levaram tudo o que tinha e o espancaram o deixando quase morto na estrada.
Um sacerdote passou viu a cena, o homem no estado que estava o mesmo aconteceu com um levita, chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante pelo outro caminho.
Contudo, um samaritano que estava viajando o viu e se aproximou e sentiu compaixão. Fez-lhe curativos e derramou o óleo sobre suas feridas. Colocando o homem em seu cavalo e seguindo até uma pensão para que cuidasse dele.
No dia seguinte deu duas moedas de prata ao dono da pensão para que cuidassem dele e que quando ele voltasse pagaria o que o mesmo consumiu.
Jesus então pergunta: “Qual dos três foi o próximo daquele homem?” E ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. E disse Jesus: “Vá e faça a mesma coisa!”
Neste Evangelho vemos claramente a Misericórdia de Jesus, que ama, perdoa, reencaminha o seu povo.
Um desconhecido que é ajudado por um homem de bom coração. Que graça de Deus se abrir ao outro, aos anseios, a misericórdia, ao perdão e a acolhida.
Ir de encontro aquele que precisa de nós, os que sofrem, padecem as dores, os sofrimentos. Em todos podemos ver o rosto de Jesus, se ajuda um de meus irmãos pequeninos é a mim que o ajudais e fazeis, diz Jesus.
Só quem ama é capaz de sair de si e do seu egoísmo e olhar as necessidades do outro. Cuidar, sarar as feridas, curar as chagas dos que padecem de tantos males e doenças na nossa atualidade.
Os males vão além do físico e do corpo, atingem a alma, o espírito, a essência da pessoa.
Estender a mão e abrir o coração, acolher, compartilhar e perdoar, é fazer o céu cumprir o seu papel, já na terra tem que vigorar. Já diz uma linda canção do tempo pascal.
Quem ama traz o céu aqui, faz da terra o céu. Assim como o vosso Pai é Misericordioso, sede misericordiosos com os vossos irmãos.
Próximo não é aquele que só convive conosco, que está conosco, contudo, é preciso agir com misericórdia e amor para com todos. Somos irmãos, filhos do mesmo Pai, vivemos no mesmo planeta, merecemos o mesmo respeito, o mesmo céu nos é prometido. Somos imagem e semelhança de um Deus que ama imensa e incondicionalmente a cada um de nós.
Que neste dia possamos viver o amor, a acolhida, o perdão e a misericórdia para com os nossos irmãos e semelhantes. Pois assim como amarmos e perdoarmos receberemos de Deus a justa recompensa.
Abençoai-nos o Deus todo Poderoso. Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Diógenes Guedes.
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