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domingo, 15 de agosto de 2010

Informativo Alma Missionária




“Cheia de Graça a Rainha está, a vossa direita ó Senhor” – Coral da Palestrina

Hoje a Igreja celebra a solenidade de Assunção de Nossa Senhora. Cantemos as maravilhas que o Senhor realizou em favor de Maria, elevando-a ao céu, de onde intercede por nós e nos espera para que desfrutemos de sua companhia. Celebremos em comunhão com todos os vocacionados para a vida consagrada: religiosos e consagrados seculares. A exemplo de Maria, eles dão seu sim ao projeto de Jesus. Nessa Solenidade de Nossa Senhora, queremos cantar a grandeza de Maria, exaltada acima dos anjos na glória junto com seu filho. Ela é feliz não apenas por participar da glória, mas também por ter carregado em seu seio o Filho de Deus, deixando-se envolver com sua palavra. Leia agora o comentário dessa solenidade com nosso amigo Diógenes Guedes.


SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – Cor Litúrgica – Branca.

“Cheia de Graça a Rainha está, a vossa direita, ó Senhor!”

1ª Leitura - Apocalipse 11,19a; 12,1.3-6a.10ab.

Salmo Responsorial - Salmo 44.

2ª Leitura - 1º Coríntios 15,20-27a.

Evangelho – Lucas 1, 39-46.

Hoje a Igreja está em festa celebrando a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a fiel serva, filha, esposa e mãe que em sua humildade eleva sua alma ao seu Senhor e Salvador, contribuindo nos planos de Salvação e no desígnio de Deus para a humanidade. Como prêmio por sua fidelidade a Deus Maria é elevada de corpo e alma por Deus, sendo Mãe do verbo eterno compartilha de sua glória na eternidade. A Assunção de Nossa Senhora foi proclamada pelo Papa Pio XII, em 1950 como dogma de fé, ou seja, verdade absoluta, inquestionável a toda a Igreja.

Na Primeira Leitura retirada do Livro do Apocalipse, nos mostra a guerra travada entre a mulher e o dragão, entre o bem e o mal. O templo se abre e aparece a arca da aliança.

No céu assim surge uma mulher vestida de sol, com a lua a seus pés e uma coroa com doze estrelas. E do lado dessa mulher um dragão da cor de fogo com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete coroas. E com sua calda varria a terça parte das estrelas do céu.

Este dragão para em frente à mulher que estava no momento de dar a luz com a finalidade de devorar-lhe o filho que estava para nascer. Ela deu assim a luz a um filho que governa todas as nações com cetro de ferro. Contudo, o filho foi levado ao trono de seu Pai, o Senhor Deus. A mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe tinha preparado um lugar. E ouve-se assim uma voz que diz: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.

Esta mulher citada na leitura podemos ver claramente a menção à Nossa Senhora, ela que se fez serva e mãe do Filho do Deus Altíssimo, nosso Senhor Jesus Cristo que combate o mal e seus planos enfurece o dragão que é a força do mal que se revolta contra ela querendo devorar-lhe o Filho, que reina sobre as Nações com poder e glória, com cetro de ferro.

Se por Eva a antiga mulher conhecemos e herdamos o pecado original, por Maria a nova mulher, a Nova Eva nós assim recebemos dela a graça de termos o Salvador Jesus Cristo que nos livra de todo o pecado e de todo o mal. Maria é a mulher do Gênesis da criação, ao Apocalipse, da nova revelação.

No Salmo 44, o Salmista nos convida a olharmos a rainha, aquela que se fez pobre e humilde e que foi elevada perante o rei, alguns liturgistas dizem que é uma alusão a Rainha Ester, mas que podemos estender a Nossa Senhora: “A vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de ofir.”

A Segunda Leitura, da Carta de São Paulo aos Coríntios, nos relata que por um homem só, ou seja, Adão veio e conhecemos a morte em nosso mundo, porém, por um homem, ou seja, um Novo Adão que é Jesus Cristo provamos a Ressurreição dos mortos.

Com Adão todos morrerão, mas com Jesus todos reviverão. Primeiramente a Cristo que ressurge depois os que Nele estão e o seguem fielmente.

É preciso que o Cristo reine e governe sobre todos os seus inimigos e assim triunfe sobre o seu ultimo inimigo a morte.

Tudo está nas mãos de Deus, por Jesus a morte foi vencida e sua glória é a nossa glória e assim como Ele foi glorificado e exaltado perante o Senhor nosso Deus, assim seremos com Ele e para Ele.

O Evangelho segundo Lucas, nos relata a visita de Nossa Senhora a sua prima Isabel que estava grávida e já com idade elevada recebe a visita de Nossa Senhora que grávida também se põe a serviço, vai ao encontro daquela que necessitava e sobe as montanhas.

Quando Isabel recebe a visita de Nossa Senhora a criança no ventre de Isabel pula de alegria e fica repleta do Espírito Santo, é Jesus que visitou e tudo renovou. E Isabel, logo exclama que Nossa Senhora é a bendita entre as mulheres e o fruto de seu ventre bendito.

E depois vemos a beleza do Cântico do Magnificat agradecendo a Deus por tudo que tinha feito em sua vida, o Deus que eleva os humildes e que derruba os poderosos de seu trono, o Deus que ama e exalta os pequeninos e os pobres, o Deus que cumpre suas promessas e sua Palavra na vida daqueles que o temem e o servem, dispersando os orgulhosos e soberbos de coração.

Maria em seu cântico diz: ”O poderoso fez em mim grandes coisas e por isso serei chamada de bem-aventurada, a bendita por todas as gerações, porque o seu Nome é Santo e Poderoso.”

Nesta Solenidade vemos assim a Assunção de Nossa Senhora que é elevada de corpo e alma aos céus, a mãe de Jesus está com Ele por toda a Eternidade e hoje intercede por seus filhos e filhas. Nossa Senhora é criatura de Deus, não é deusa e não é mais que Deus, mas colabora com Deus na obra da Salvação dando o seu “Sim” aos planos de Deus e trazendo até nós o sol nascente que é Jesus em nosso meio pra resgatar aqueles que seriam todos condenados pelo pecado e pela desobediência de Adão e Eva.

Há diferença entre a Assunção de Nossa Senhora que é elevada ao céu por Deus, pois não tem força por si só, sendo criatura e a Ascensão de Jesus que sobe aos céus após Pentecostes com o envio do Espírito Santo de Deus, ele mesmo sobe por si, pois é Deus e tem poder sobre todas as coisas.

Nossa Senhora nunca quis tomar o lugar de Jesus, ser mais que Jesus, sempre como nas bodas de Caná ela diz: “Fazei tudo o que Ele vos dizer”, em suas aparições ela sempre diz: “ouvi e obedecei o meu Filho”, sempre apontando a Jesus que é caminho, verdade e vida.

Venerar é mostrar o amor, o carinho a Nossa Senhora, a gratidão por ela ter esquecido e ter aberto mão de sua própria vida para colaborar com Deus no plano da Salvação da humanidade inteira. Olha para Maria como modelo de fé, obediência, benignidade, subserviência ao nosso Deus e a sua Palavra, aquela que cumpriu a Palavra e a vontade de Deus em sua vida.

Adorar somente a Deus Uno e Trino, Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo de Deus, ao Deus Trindade Santa!

Nossa Senhora é mãe e como mãe que é ama a todos com amor infinito, se preocupa com os filhos e filhas, com suas dores e sofrimentos, com aquilo que trazem em seu coração, como mãe zelosa quer que todos se salvem e alcancem a Salvação em Jesus. Ela ora por nós, intercede junto a Jesus seu filho por cada um de nós e qual o filho que não ouve o apelo de sua mãe? Que não atende o seu pedido? Certamente todo o filho que ama sua mãe e a respeita o fará.

Filho que é filho não esquece da mãe ou a ignora. Mesmo que não a amamos ela nos ama e de nós não se esquece! Que possamos sempre lembrar quem tem a Mãe tem o Filho, quem não tem a Mãe não tem o Filho!

Nesta data tão especial que a Igreja nos apresenta aquela que sofreu, colaborou com Deus na obra da Salvação, viu seu Filho morrer na cruz e derramar todo o seu sangue redentor e libertador por nós os pecadores que o segurou em seus braços morto e desfalecido, mas que foi fiel na luz e na cruz, até o fim hoje recebe a coroa da vitória e da glória sendo elevada como rainha do céu e da terra, e foi nos dada como Mãe da humanidade inteira por Jesus ainda na cruz, possamos alegrar-nos com os anjos e santos do céu, com os homens e mulheres da terra e com toda a criação por tão grande amor do nosso Deus.

Hoje também a Igreja no mês de Agosto, Mês Vocacional lembrar da Vocação dos nossos religiosos e religiosas que doam suas vidas para a construção do Reino de Deus aqui em nosso meio, e também na comunicação e na pregação do Nome de Jesus para que Ele se torne mais conhecido, mais amado e mais adorado! Deus abençoe e inspire mais vocações religiosas entre nós de freis, freiras, monges, irmãos e irmãs religiosos e que os dê cada vez mais força e ânimo na missão.

Abençoai-nos o Deus Todo Poderoso. Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém! Nossa Senhora da Assunção, intercedei por Nós!

Diógenes Guedes.


Saiba porque a Igreja não aceita o aborto

Segundo o Novo Catecismo da Igreja Católica (N.2270, 2271, 2272, 2273, 2274 e 2275), a vida humana deve ser respeitada de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida.

Desde o primeiro século a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado. Este ensinamento não mudou. Continua invariável. O aborto direto, quer dizer, querido como um fim ou como um meio, é gravemente contrário à lei moral: não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido.

A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena
Canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae pelo próprio fato de cometer o delito e nas condições previstas pelo direito.

Com isso a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.

O direito inalienável de todo indivíduo humano inocente à vida constitui um elemento constituitivo da sociedade civil e de sua legislação.

Visto que deve ser tratado como uma pessoa desde a concepção, o embrião deverá ser defendido em sua integridade, cuidado e curado, na medida do possível, como qualquer outro ser humano.

(Fonte – Revista Jesus e é o Senhor)

Concurso para a escolha do novo protagonista dos Evangelhos

A TV Século 21 lança um concurso para a escolha do novo protagonista dos Evangelhos, o personagem “JESUS CRISTO”, para atuação em programas de teledramaturgia da Associação do Senhor Jesus em parceria com a Fundação Século Vinte e Um (TV Século 21).

Para isso e preciso ter as seguintes características:

  • Altura: de 1,76 a 1,85;
  • Peso condizente com a altura, entre 70 a 85kg – IMC – condizente.
  • A partir da inscrição o candidato se comprometerá a não mais cortar o cabelo até o final e decisão do concurso.
  • Caso seja o escolhido o candidato durante o período de contrato manterá seus cabelos de acordo com determinação da direção da série.
  • Barba – após o ato da inscrição o candidato não deverá mais fazer a barba, deixando-a por fazer, e ela será acertada de acordo com a direção do concurso.
  • Idade: de 30 a 40 anos.

As inscrições já começaram no dia 04 de agosto de 2010 e vai até o dia 30 de setembro de 2010 no web site da TV Século 21. O interessado em participar do concurso, deverá enviar fotos atualizadas de corpo inteiro e do rosto, e também vídeo , através do web site da TV Século 21, www.tvseculo21.org.br/novoprotagonista.

Arautos do Evangelho e Apostolado do Oratório visitam a Casa da Mãe Aparecida

Ontem esteve peregrinação a Casa da Mãe Aparecida, Arautos do Evangelho e do Apostolado do Oratório. Segundo a organização da peregrinação, cerca de 3.500 pessoas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e do Paraná vieram à Casa da Mãe Aparecida.


Alcides Miranda, um dos coordenadores do Apostolado do Oratório, informou que a peregrinação tem como principal motivação o agradecimento pelas bênçãos recebidas por Nossa Senhora Aparecida.

Hoje existem 4.100 oratórios que percorrem o Brasil levando às famílias vida, doçura e esperança.

(Fonte – Santuário Nacional - A12)

Redes sociais reúne devotos de Nossa Senhora Aparecida em todo o Brasil.

Diariamente as pessoas que utilizam as redes sociais, podem se organizar para algumas festas e diversões na noite. Mas também as redes sociais como, por exemplo, o Orkut, reuniu fieis de todo o Brasil para uma Peregrinação a Casa da Mãe Aparecida.

A Mãe Aparecida acolhe os seus filhos, que vêm ao Santuário Nacional em busca de bênçãos ou em agradecimento.

Aos fiéis que por alguma razão não podem vir à Casa da Mãe, a REDE APARECIDA – Rádio e TV encurta as distâncias, e aproxima os devotos da Virgem encontrada nas águas do Rio Paraíba.

Com o nascimento do Portal A12.com os devotos passaram a contar também com as redes sociais, através das quais deixam suas preces, mensagem e agradecimentos.

Neste sábado (14) o Santuário acolheu a Romaria da cidade de Campanha (SP) e através do orkut da Padroeira, a devota Patrícia Oliveira que acompanhou a peregrinação até o Santuário expressou a sua expectativa em visitar a Casa da Padroeira do Brasil.

“Ficamos todos com grande expectativa esperando o dia de visitar a Mãe Aparecida. Sou de uma família muito católica e é uma bênção de Deus visitarmos o Santuário, pois todo ano eu participo da romaria. Espero que seja um dia maravilhoso para toda a diocese de Campanha, pois estamos preparando a peregrinação com muito carinho”, contou a devota

Também em peregrinação este sábado, vieram ao Santuário o casal Mateus Augusto dos Santos e Patrícia Porto Livieiro acompanhando a Romaria da Família Salesiana de São Paulo.

Patrícia Porto utilizou o recurso disponível no orkut da Padroeira para expressar sua alegria em experimentar o amor a Deus e de estar em companhia de outros jovens na romaria Salesiana.

“Para nós, a Romaria Salesiana tem uma grande importância, pois a juventude tem sede de experimentar um algo novo. A romaria nos traz esse algo novo, que é a possibilidade de viver a alegria e amizade sincera em Deus. O carisma de Dom Bosco nos diz que a santidade consiste em sermos sempre alegres e a verdadeira alegria está em Deus. Em romaria vamos renovar o compromisso com Deus e com a evangelização dos jovens”, concluiu a jovem de 23 anos.

(Fonte – A12) Acesse o portal da Fundação Nossa Senhora Aparecida. Portal A12.com


Um sinal de contradição


“Hoje, nota-se uma aversão a Cristo e à Igreja Católica”

“Perguntou-lhe então Pilatos: És, portanto, rei? Respondeu Jesus: Sim, eu sou rei. É para dar testemunho da verdade que nasci e vim ao mundo. Todo o que é da verdade ouve a minha voz” (João 18,37).

Jesus veio ao mundo para salvá-lo, ensinando a verdade de Deus, que nos liberta e salva; por isso Ele é “sinal de contradição”. Quando os pais O levaram para apresentá-lo no Templo de Jerusalém, o velho Simeão profetizou: “Eis que este menino está destinado a ser uma causa de queda e de soerguimento para muitos homens em Israel, e como um sinal de contradição, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações” (Lucas 2, 34-35).

Toda a vida de Cristo foi um constante sinal de contradição. Veio ao mundo como Rei, mas nasceu numa manjedoura pobre, fria e austera. Foi acolhido pelos pobres pastores e logo perseguido pelo rei Herodes. Dono do mundo, teve de deixar a terra natal e foi exilar-se no Egito para fugir da morte.

Hoje se nota uma aversão a Cristo e à Igreja Católica porque ela é fiel a Ele e aos ensinamentos do Senhor. Especialmente nas universidades se nota uma repulsa à Igreja Católica e às verdades que ela ensina; e procura-se a todo custo – com muita mentira e maldade – mostrar aos jovens que ela é obscurantista, como se fosse contra a ciência, destacando-se os erros dos filhos da Igreja sem mostrar a beleza de tudo quanto esta fez e faz pelo mundo.

Há no Ocidente hoje uma verdadeira cristofobia. O Papa Bento XVI, desde o início do seu pontificado, tem condenado o que chama de “ditadura do relativismo”, corrente que quer proibir as pessoas de serem e pensarem diferente do que se chama hoje de “politicamente correto” (ser a favor do aborto, eutanásia, cultura marxista, casamento de homossexuais, coabitação livre, manipulação de embriões, útero de aluguel, inseminação artificial, sexo livre, camisinha, contracepção, etc.).

Dessa forma, vai se formando uma mentalidade, uma cultura social, no sentido de fazer, inclusive os cristãos, acharem “normal” essas imoralidades. Começamos a ver jovens e adultos cristãos acharem que a Igreja está “exagerando em suas exigências” e que é preciso ser mais tolerante… É bom lembrar que Jesus amava o pecador, mas era intolerante com o pecado. “Vai e não peques mais”, exorta-nos o Mestre.

Um sinal forte dessa cristofobia é o ataque como nunca se viu antes aos símbolos católicos. Temos visto livros, artigos, peças de teatro e filmes agressivos e blasfematórios contra a Igreja, contra Jesus Cristo e o sagrado. Prega-se o ateísmo como se fosse ciência, e tenta-se reduzir a religião e a teologia a meras crendices de ignorantes. Por outro lado, as seitas orientais e cristãs se espalham no Ocidente como uma mancha de óleo no mar.

Mas o pior de tudo é que esse pernicioso relativismo religioso e moral atingiu também a Igreja; contesta-se a palavra do Papa dentro dos seminários e universidades católicas; desobedece-se ostensivamente ao Magistério da Igreja, volta-se contra os seus ensinamentos morais e doutrinários. Segmentos agressivos dentro da Igreja exigem mudar aquilo que há dois mil anos a Igreja vive e não muda, por determinação de Cristo e dos Apóstolos, como o sacerdócio para mulheres. Essa insistência descabida, partindo de dentro da própria Igreja, contra o que ensina a sua sagrada Tradição, perturba a sua caminhada.

A Igreja quer apenas ser fiel a seu Senhor.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

(Fonte – Canção Nova)





Povo de Deus foi assim

A Assunção de Nossa Senhora foi transmitida pela tradição escrita e oral da Igreja. Ela não se encontra explicitamente na Sagrada Escritura, mas está implícita. Os protestantes acreditam que a Mãe de Deus, apesar de ter sido o Tabernáculo vivo da divindade, devia conhecer a podridão do túmulo, a voracidade dos vermos, o esquecimento da morte, o aniquilamento de sua pessoa.


Vamos analisar o fato histórico, segundo é contato pelos primeiros cristãos e transmitido pelos séculos de forma inconteste. Na ocasião de Pentecostes, Maria Santíssima tinha mais ou menos 47 anos de idade. Depois desse fato, permaneceu Ela ainda 25 anos na terra, para educar e formar, por assim dizer, a Igreja nascente, como outrora ela educara, protegera, e dirigira a infância do Filho de Deus.

Ela terminou sua "carreira mortal" na idade de 72 anos, conforme a opinião mais comum. A morte de Nossa Senhor foi suave, chamada de "dormição".

Quis Nosso Senhor dar esta suprema consolação à sua Mãe Santíssima e aos seus apóstolos e discípulos que assistiram a "dormição" de Nossa Senhora, entre os quais se sobressai S. Dionísio Aeropagita, discípulo de s. Paulo e primeiro Bispo de Paris, o qual nos conservou a narração desse fato.

Diversos Santos Padres da Igreja contam que os Apóstolos foram milagrosamente levados para Jerusalém na noite que precedera o desenlace da Bem-aventurada Virgem Maria.

S. João Damasceno, um dos mais ilustres doutores da Igreja Oriental, refere que os fiéis de Jerusalém, ao terem notícia do falecimento de sua Mãe querida, como a chamavam, vieram em multidão prestar-lhe as últimas homenagens e que logo se multiplicaram os milagres em redor da relíquia sagrada de seu corpo.

Três dias depois chegou o Apóstolo S. Tomé, que a Providência divina parecia ter afastado, para melhor manifestar a glória de Nossa Senhora, como dele já se servira para manifestar o fato da ressurreição de Nosso Senhor.

S. Tomé pediu para ver o corpo de Nossa Senhora.

Quando retiraram a pedra, o corpo já não mais se encontrava. Do túmulo se exalava um perfume de suavidade celestial! Como o seu Filho e pela virtude de seu Filho, a Virgem Santa ressuscitara ao terceiro dia. Os anjos retiraram o seu corpo imaculado e o transportaram ao céu, onde ele goza de uma glória inefável.

Nada é mais autêntico do que estas antigas tradições da Igreja sobre o mistério da Assunção da Mãe de Deus, encontradas nos escritos dos Santos Padres e Doutores da Igreja, dos primeiros séculos, e relatadas no Concílio geral de Calcedônia, em 451.

Como Nossa Senhora era isenta do pecado original, ela estava imune à sentença de morte (conseqüência da expulsão do paraíso terrestre). Todavia, por não ter acesso à "árvore da vida" (que ficava no paraíso terrestre), Maria Santíssima teria que passar por uma "morte suave" ou uma "dormição".

Por um privilégio especial de Deus, acredita-se que Nossa Senhora não precisaria morrer se assim o desejasse, ainda que não tivesse acesso à "árvore da vida". Tudo isso, é claro, ainda poderá ser melhor explicado com o tempo, quando a Igreja for explicitando certos mistérios relativos à Santíssima Virgem Maria que até hoje permanecem.

Muito pouco ainda descobrimos sobre a grandeza de Nossa Senhora, como bem disse S. Luiz Maria G. de Montfort em seu livro "Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem".

É certo que Nossa Senhora escolheu passar pela morte, mesmo não tendo necessidade. Quais foram, então, as razões da escolha da morte por Nossa Senhora?

Pode-se levantar várias hipóteses. O Pe. Júlio Maria (da década de 40) assinala quatro:

1) Para refutar, de antemão, a heresia dos que mais tarde pretenderiam que Maria Santíssima não tivesse sido uma simples criatura como nós, mas pertencesse à natureza angélica.

2) Para em tudo se assemelhar ao seu divino Filho.

3) Para não perder os merecimentos de aceitação resignada da morte.

4) Para nos servir de modelo e ensinar a bem morrer.

Podemos, pois, resumir esta doutrina dizendo que Deus criou o homem mortal. Deus deu a Maria Santíssima não o direito (por não ter acesso à "Árvore da vida"), mas o privilégio, de ser imortal. Ela preferiu ser semelhante ao seu Filho, escolhendo voluntariamente a morte, e não a padecendo como castigo do pecado original que nunca tivera.

Analisemos, agora, a Ressurreição de Maria Santíssima.

Os Apóstolos, ao abrirem o túmulo da Mãe de Deus para satisfazer a piedade de São Tomé e ao desejo deles todos, não encontrando mais ali o corpo de Nossa Senhora, deduziram e perceberam que Ela havia ressuscitado!

Não era preciso ver à ressurreição para crer no fato, era uma dedução lógica decorrente das circunstâncias celestiais de sua morte, de sua santidade, da dignidade de Mãe de Deus, da sua Imaculada Conceição, da sua união com o Redentor, tudo isso constituía uma prova irrefutável da Assunção de Nossa Senhora.

A Assunção difere da ascensão de Nosso Senhor no fato de que, no segundo caso, Nosso Senhor subiu por seu próprio poder, enquanto sua Mãe foi assunta ao Céu pelo poder de Deus.

Ora, há vários argumentos racionais em favor da Assunção de Nossa Senhora. Primeiramente, havendo entrado de modo sobrenatural nesta vida, seria normal que saísse de forma sobrenatural, esse é um princípio de harmonia nos atos de Deus. Se Deus a quis privilegiar com a Imaculada Conceição, tanto mais normal seria completar o ato na morte gloriosa.

Depois, a morte, como diz o ditado latino: "Talis vita, finis ita", é um eco da vida. Se Deus guardou vários santos da podridão do túmulo, tornando os seus corpos incorruptos, muito mais deveria ter feito pelo corpo que o guardou durante nove meses, pela pele que o revestiu em sua natureza humana, etc.

Nosso Senhor tomou a humanidade do corpo de sua Mãe. Sua carne era a carne de sua Mãe, seu sangue era o sangue de sua Mãe, etc. Como permitir que sua carne, presente na carne de sua santíssima Mãe, fosse corrompida pelos vermes e tragada pela terra? Ele que nasceu das entranhas amorosíssimas de Maria Santíssima permitiria que essas mesmas entranhas sofressem a podridão do túmulo e o esquecimento da morte? Seria tentar contra o amor filial mais perfeito que a terra já conheceu. Seria romper com o quarto mandamento da Lei de Deus, que estabelece "Honrar Pai e Mãe".

Qual filho, podendo, não preservaria sua Mãe da morte?

A dignidade de Filho de Deus feito homem exigia que não deixasse no túmulo Aquela de quem recebera o seu Corpo sagrado. Nosso Senhor Jesus Cristo, por assim dizer, preservando o corpo de Maria Santíssima, preservava a sua própria carne.

Ainda podemos levantar o argumento da relação imediata da paixão do Filho de Deus e da compaixão da Mãe de Deus, promulgada, de modo enérgico, no Evangelho, pela profecia de S. Simeão falando à própria Mãe: "Eis que este menino está posto para a ressurreição de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição. E uma espada transpassará a tua alma" (Luc. 2, 34, 45).

Esta tradução em vernáculo (português, no caso) é larga. O texto latino (em latim) tem uma variante que parece ir além do texto em português. "Et tuam ipsius animam pertransibit glaudius" - o que quer dizer literalmente: o mesmo gládio transpassará a alma dele e a vossa.

Como seria possível que o Filho, tendo sido unido à sua Mãe em toda a sua vida, na sua infância e na sua dor, não se unisse à Ela na sua glória?

Tudo isso se levanta dos Evangelhos.

A Assunção de Maria Santíssima foi sempre ensinada em todas as escolas de teologia e não há voz discordante entre os Doutores. A Assunção é como uma conseqüência da encarnação do Verbo.

Se a Virgem Imaculada recebeu outrora o Salvador Jesus Cristo, é justo que o Salvador, por sua vez, a receba. Não tendo Nosso Senhor desdenhado descer ao seu seio puríssimo, deve elevá-la agora, para partilhar com Ela a sua glória.

Cristo recebeu sua vida terrena das mãos de Maria Santíssima. Natural é que Ela receba a Vida Eterna das mãos de seu divino Filho. Além de conservar a harmonia em sua própria obra, Deus devia continuar favorecendo a Virgem Imaculada, como Ele o fez, desde a predestinação até a hora de sua morte.

Ora, podendo preservar da corrupção do túmulo a sua santa Mãe, tendo poder para fazê-la ressuscitar e para levá-la ao céu em corpo e alma, Deus devia fazê-lo, pois Ele devia coroar na glória aquela que já coroara na terra... Dessa forma, a Santíssima Mãe de Deus continuava a ser, na glória eterna, o que já fora na terra: "a mãe de Deus e a mãe dos homens".

Tal se nos mostra Maria na glória celestial, como cantava o Rei de sua Mãe, assim canta Deus de Nossa Senhora: "Sentada à direita de seu Filho querido" (3 Reis, 2, 19), "revestida do sol" (Apoc. 12, 1), cercada de glória "como a glória do Filho único de Deus" (Jo. 1, 14), pois é a mesma glória que envolve o Filho e a Mãe! Ele nos aparece tão belo! E ela como se nos apresenta suave e terna em seu sorriso de Mãe, estendendo-nos os braços, num convite amoroso, para que vamos a Ela e possamos um dia partilhar de sua bem-aventurança!

(Fonte – Lepanto)

Imaculada, Maria de Deus

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