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sábado, 14 de agosto de 2010

Semeando o Amor de Deus com Diógenes Guedes

SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA – Cor Litúrgica – Branca.

“Cheia de Graça a Rainha está, a vossa direita, ó Senhor!”

1ª Leitura - Apocalipse 11,19a; 12,1.3-6a.10ab.

Salmo Responsorial - Salmo 44.

2ª Leitura - 1º Coríntios 15,20-27a.

Evangelho – Lucas 1, 39-46.

Hoje a Igreja está em festa celebrando a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a fiel serva, filha, esposa e mãe que em sua humildade eleva sua alma ao seu Senhor e Salvador, contribuindo nos planos de Salvação e no desígnio de Deus para a humanidade. Como prêmio por sua fidelidade a Deus Maria é elevada de corpo e alma por Deus, sendo Mãe do verbo eterno compartilha de sua glória na eternidade. A Assunção de Nossa Senhora foi proclamada pelo Papa Pio XII, em 1950 como dogma de fé, ou seja, verdade absoluta, inquestionável a toda a Igreja.

Na Primeira Leitura retirada do Livro do Apocalipse, nos mostra a guerra travada entre a mulher e o dragão, entre o bem e o mal. O templo se abre e aparece a arca da aliança.

No céu assim surge uma mulher vestida de sol, com a lua a seus pés e uma coroa com doze estrelas. E do lado dessa mulher um dragão da cor de fogo com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete coroas. E com sua calda varria a terça parte das estrelas do céu.

Este dragão para em frente à mulher que estava no momento de dar a luz com a finalidade de devorar-lhe o filho que estava para nascer. Ela deu assim a luz a um filho que governa todas as nações com cetro de ferro. Contudo, o filho foi levado ao trono de seu Pai, o Senhor Deus. A mulher fugiu para o deserto onde Deus lhe tinha preparado um lugar. E ouve-se assim uma voz que diz: “Agora realizou-se a salvação, a força e a realeza do nosso Deus, e o poder do seu Cristo”.

Esta mulher citada na leitura podemos ver claramente a menção à Nossa Senhora, ela que se fez serva e mãe do Filho do Deus Altíssimo, nosso Senhor Jesus Cristo que combate o mal e seus planos enfurece o dragão que é a força do mal que se revolta contra ela querendo devorar-lhe o Filho, que reina sobre as Nações com poder e glória, com cetro de ferro.

Se por Eva a antiga mulher conhecemos e herdamos o pecado original, por Maria a nova mulher, a Nova Eva nós assim recebemos dela a graça de termos o Salvador Jesus Cristo que nos livra de todo o pecado e de todo o mal. Maria é a mulher do Gênesis da criação, ao Apocalipse, da nova revelação.

No Salmo 44, o Salmista nos convida a olharmos a rainha, aquela que se fez pobre e humilde e que foi elevada perante o rei, alguns liturgistas dizem que é uma alusão a Rainha Ester, mas que podemos estender a Nossa Senhora: “A vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de ofir.”

A Segunda Leitura, da Carta de São Paulo aos Coríntios, nos relata que por um homem só, ou seja, Adão veio e conhecemos a morte em nosso mundo, porém, por um homem, ou seja, um Novo Adão que é Jesus Cristo provamos a Ressurreição dos mortos.

Com Adão todos morrerão, mas com Jesus todos reviverão. Primeiramente a Cristo que ressurge depois os que Nele estão e o seguem fielmente.

É preciso que o Cristo reine e governe sobre todos os seus inimigos e assim triunfe sobre o seu ultimo inimigo a morte.

Tudo está nas mãos de Deus, por Jesus a morte foi vencida e sua glória é a nossa glória e assim como Ele foi glorificado e exaltado perante o Senhor nosso Deus, assim seremos com Ele e para Ele.

O Evangelho segundo Lucas, nos relata a visita de Nossa Senhora a sua prima Isabel que estava grávida e já com idade elevada recebe a visita de Nossa Senhora que grávida também se põe a serviço, vai ao encontro daquela que necessitava e sobe as montanhas.

Quando Isabel recebe a visita de Nossa Senhora a criança no ventre de Isabel pula de alegria e fica repleta do Espírito Santo, é Jesus que visitou e tudo renovou. E Isabel, logo exclama que Nossa Senhora é a bendita entre as mulheres e o fruto de seu ventre bendito.

E depois vemos a beleza do Cântico do Magnificat agradecendo a Deus por tudo que tinha feito em sua vida, o Deus que eleva os humildes e que derruba os poderosos de seu trono, o Deus que ama e exalta os pequeninos e os pobres, o Deus que cumpre suas promessas e sua Palavra na vida daqueles que o temem e o servem, dispersando os orgulhosos e soberbos de coração.

Maria em seu cântico diz: ”O poderoso fez em mim grandes coisas e por isso serei chamada de bem-aventurada, a bendita por todas as gerações, porque o seu Nome é Santo e Poderoso.”

Nesta Solenidade vemos assim a Assunção de Nossa Senhora que é elevada de corpo e alma aos céus, a mãe de Jesus está com Ele por toda a Eternidade e hoje intercede por seus filhos e filhas. Nossa Senhora é criatura de Deus, não é deusa e não é mais que Deus, mas colabora com Deus na obra da Salvação dando o seu “Sim” aos planos de Deus e trazendo até nós o sol nascente que é Jesus em nosso meio pra resgatar aqueles que seriam todos condenados pelo pecado e pela desobediência de Adão e Eva.

Há diferença entre a Assunção de Nossa Senhora que é elevada ao céu por Deus, pois não tem força por si só, sendo criatura e a Ascensão de Jesus que sobe aos céus após Pentecostes com o envio do Espírito Santo de Deus, ele mesmo sobe por si, pois é Deus e tem poder sobre todas as coisas.

Nossa Senhora nunca quis tomar o lugar de Jesus, ser mais que Jesus, sempre como nas bodas de Caná ela diz: “Fazei tudo o que Ele vos dizer”, em suas aparições ela sempre diz: “ouvi e obedecei o meu Filho”, sempre apontando a Jesus que é caminho, verdade e vida.

Venerar é mostrar o amor, o carinho a Nossa Senhora, a gratidão por ela ter esquecido e ter aberto mão de sua própria vida para colaborar com Deus no plano da Salvação da humanidade inteira. Olha para Maria como modelo de fé, obediência, benignidade, subserviência ao nosso Deus e a sua Palavra, aquela que cumpriu a Palavra e a vontade de Deus em sua vida.

Adorar somente a Deus Uno e Trino, Ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo de Deus, ao Deus Trindade Santa!

Nossa Senhora é mãe e como mãe que é ama a todos com amor infinito, se preocupa com os filhos e filhas, com suas dores e sofrimentos, com aquilo que trazem em seu coração, como mãe zelosa quer que todos se salvem e alcancem a Salvação em Jesus. Ela ora por nós, intercede junto a Jesus seu filho por cada um de nós e qual o filho que não ouve o apelo de sua mãe? Que não atende o seu pedido? Certamente todo o filho que ama sua mãe e a respeita o fará.

Filho que é filho não esquece da mãe ou a ignora. Mesmo que não a amamos ela nos ama e de nós não se esquece! Que possamos sempre lembrar quem tem a Mãe tem o Filho, quem não tem a Mãe não tem o Filho!

Nesta data tão especial que a Igreja nos apresenta aquela que sofreu, colaborou com Deus na obra da Salvação, viu seu Filho morrer na cruz e derramar todo o seu sangue redentor e libertador por nós os pecadores que o segurou em seus braços morto e desfalecido, mas que foi fiel na luz e na cruz, até o fim hoje recebe a coroa da vitória e da glória sendo elevada como rainha do céu e da terra, e foi nos dada como Mãe da humanidade inteira por Jesus ainda na cruz, possamos alegrar-nos com os anjos e santos do céu, com os homens e mulheres da terra e com toda a criação por tão grande amor do nosso Deus.

Hoje também a Igreja no mês de Agosto, Mês Vocacional lembrar da Vocação dos nossos religiosos e religiosas que doam suas vidas para a construção do Reino de Deus aqui em nosso meio, e também na comunicação e na pregação do Nome de Jesus para que Ele se torne mais conhecido, mais amado e mais adorado! Deus abençoe e inspire mais vocações religiosas entre nós de freis, freiras, monges, irmãos e irmãs religiosos e que os dê cada vez mais força e ânimo na missão.

Abençoai-nos o Deus Todo Poderoso. Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém! Nossa Senhora da Assunção, intercedei por Nós!

Diógenes Guedes.

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