22º Domingo do Tempo Comum – Cor Litúrgica – Verde.
“Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”
1ª Leitura – Eclesiástico 3, 19.21 – 30-31.
Salmo Responsorial –Salmo 67.
2ª Leitura – Hebreus 12, 18-19. 22-24a
Evangelho – Lucas 14,1-7-14.
Com grande alegria a Igreja vive o seu período litúrgico mais extenso o tempo comum, no mês de agosto dedicado às vocações, hoje sobretudo a dos nossos catequistas que tanto colaboram em nossas comunidades no ensino do Evangelho e da fé cristã de nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos. Lembrando que os nossos primeiros catequistas são nossos pais, que nos ensinam a fé em sua simplicidade, as primeiras orações cristãs e o amor a Jesus e a Igreja.
Na Primeira Leitura retirada do livro do Eclesiástico encontramos a figura do filho zeloso que cuida de seus afazeres e os faz com amor, com carinho e gratidão exercendo a plena generosidade. Nos exorta que quanto maiores formos mais humildes devemos ser, pois assim o Pai se alegrará e encontrará graça diante do Senhor.
O Senhor revela os mistérios do seu Reino aos humildes, não aos soberbos e altivos, o Senhor é grande e se revela aos pequeninos, aos pobres e humildes.
O orgulhoso tem um mal profundo que está dentro dele, dentro do seu coração, o amargor de sua alma, o torna duro e ressequido, ele confia nele mesmo e se faz o seu senhor e sua fortaleza. Ele não compreende o mal que faz a si mesmo e as pessoas que o rodeiam.
O homem inteligente se faz humilde ele reflete sobre a palavra dos sábios, e deseja assim a sabedoria, pois o próprio Deus nos diz: “Quereis sabedoria então pedis”. O Seu Deus pode mais e tudo faz por ele, não o desampara, torna-se seu escudo, a sua rocha e proteção, é em seu Deus que está a paz, o amor e a salvação, a luz que o norteia nos caminhos e nas dificuldades da vida.
No Salmo 67, o Salmista vem confirmar o que nos diz a leitura: “Com carinho preparastes uma mesa para o pobre!”. Pobre é aquele que tem seu coração humilde, aquele que põe toda a sua confiança e esperança no Senhor, aquele em que se faz tudo depender do Senhor, não faz nada sem as orientações do Senhor. É muito mais que pobreza material, mas é a pobreza e a humildade de coração.
A Segunda Leitura da Carta de São Paulo aos Hebreus, vem nos ensinar a enxergarmos com os olhos da fé aquilo que o Senhor tem para nós, a morada do Deus Altíssimo, a Jerusalém Celeste, a cidade do Deus vivo, onde estão todos aqueles que aqui souberam amar a Cristo e aos seus irmãos, que fizeram a vontade de Deus acontecer já aqui nesta terra, buscando a graça do amor, da paz, da misericórdia e do perdão. Lá o Cordeiro de Deus nos espera, pois é Ele o mediador da Nova Aliança.
No Evangelho segundo Lucas, mostra Jesus fazendo sua refeição na casa de um fariseu, pois o próprio Cristo mesmo sabendo e conhecendo todo o coração humano e a maldade que havia no coração dos fariseus e mestres da lei não isola, não exclui ninguém, o Reino de Deus é inclusivo, sempre se achega a quem precisa dele.
Jesus com sua sabedoria divina percebe que os convidados todos se achegavam ao banquete e já queriam sentar nos primeiros lugares daquela festa. E Jesus contou-lhes uma parábola, uma história para assim entenderem todo o contexto. Imaginem numa festa de casamento todos vocês correndo pra pegar e sentar nos primeiros lugares achando-se importantes, pode ter gente muito mais importante que vocês, que mereça estes lugares! E vocês correm o risco do dono da festa chegar e pedir pra você ceder seu lugar a estes e assim ficarão envergonhados e se sentarão nos últimos lugares.
E Jesus assim, sobretudo, ensina o Evangelho, o Reino dos Céus, sobretudo, uma conduta de cavalheirismo, de bons modos, de etiqueta também, ao dizer senta-te nos últimos lugares que o dono da festa te chamará para sentar-te mais acima. “Fazendo isso vocês serão honrados por todos os convidados, pois os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos!” ainda nos diz Jesus: “Quem se eleva será humilhado e quem se humilha será exaltado!”
Ainda Jesus nos ensina no Santo Evangelho desta liturgia, outro ponto importante, o amor gratuito, a consideração ao próximo sem nada lhe exigir, ou cobrar em troca. Hoje vemos tantos “eu te amo”, mas são de puro interesse, se baseiam na regra do “toma lá, dá cá”, eu te dou ou faço tal coisa, se você me der ou fizer tal coisa.
Sempre queremos algo em troca de algo, percebemos isso em nossas relações. Quanta falsidade, mal caratismo, falta de moralidade, de sobriedade em nosso meio! Pessoas que não confiam em outras, inseguranças, maus exemplos, uma sociedade que vive do ter e do poder exacerbado, o capitalismo selvagem que impera em nosso meio e no mundo.
Eu preciso ter e ter mais e mais, não tem fim, vivo em constante exploração do capital e do ser humano, quero ser amigo do fulano ou do beltrano porque ele tem um carro legal, uma roupa legal da moda, uma casa chique, tem uma conta grande no banco, porque ele é da sociedade, das altas rodas de relacionamentos e por ai vai, tantos amores falsos, amizades falsas, relações falsas por ai nos dias atuais.
Jesus nos ensina quando vocês quiserem dar uma festa, um banquete em sua casa chame os pobres, os simples, os humildes, os aleijados, os coxos, os cegos, então você será sensato e feliz, pois, não receberá sua recompensa aqui nesta terra, mas na ressurreição, no céu, na vida eterna.
Se convidar os das altas rodas sociais, os da grana, do poder vocês já tem a sua recompensa, a sua paga aqui nesta terra nos diz Jesus, mas convide os menos favorecidos, os excluídos da sociedade aqueles que não tem nada pra te dar aqui nesta vida, mas que tem muito a oferecer pra sua eternidade feliz e assim cada um escolhe se quer ter a sua recompensa aqui já com os ricaços ou se quer ter a sua recompensa no Reino dos Céus e na eternidade.
O Reino dos céus é feito para os humildes, para os pequenos, para os simples e pobres de coração, Jesus mesmo diz: “É mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos céus!” “Felizes os pobres em espírito porque deles é o Reino dos céus” “Aquele que se humilha será exaltado e o que se exaltar será humilhado”
Como já disse não é a pobreza muitas vezes material, conheço e você também deve conhecer muita gente pobre, porém orgulhosa, altiva, cheia de marras e que não quer nem saber de Deus, que vive de aparências perante a Sociedade e de outro lado tem pessoas com um poder aquisitivo bom, são até ricas materialmente falando, mas, que tem um coração simples, aberto, confiam e amam a Deus, mais que a tudo e que ajudam muito aqueles que nada tem, que precisam delas, repartem o que tem, pois entendem que tudo que tem foi porque Deus lhes deu e são profundamente agradecidas.
Por fim, não poderíamos esquecer deste Dia tão bonito, último do mês de agosto, dedicado às vocações, sobretudo, a nossos catequistas que doam boa parte de seu tempo nas comunidades deste nosso imenso Brasil ao ensino do Evangelho, da fé em Jesus e as pessoas a serem mais de Deus, o nosso muito obrigado como Igreja de Jesus a todos vocês queridos catequistas, Deus lhes pague, lhes dê saúde, paz, amor e muita fé para continuarem firmes nesta missão confiada por Ele a cada um de nós. “Ide a todo universo e pregai o Evangelho a toda a criatura!”
Abençoai-nos o Deus Todo Poderoso. Em Nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém!
Diógenes Guedes.
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