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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Missa



 A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico.        
Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.
Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:
Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles. A pergunta foi a mesma para todos.  - O que você está fazendo? Responderam:

-  Carregando pedras, disse o primeiro.
-  Defendendo meu pão, respondeu o segundo.
Mas o terceiro respondeu:
- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu.

Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

4 Existem os que vão para cumprir um preceito;
4 Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;
4 E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.

Compreendamos melhor agora cada parte da Missa:

Na entrada, ato Penitencial, Glória, Oração, nós falamos com Deus.

Na Liturgia da Palavra que compreende as 2 leituras, o Evangelho, a Homilia (Sermão), Deus fala conosco. Por isso o padre ou o diácono, às vezes o Bispo, explica melhor o que Cristo quis dizer nos dizer.

A Liturgia Eucarística (3 partes): Ofertório, Oração Eucarística e a Comunhão é o Coração, o Centro da Missa. Afinal, Cristo é quem se oferece como o Pão da Vida.

No ofertório nós apresentamos nossas oferendas, o nosso amor, nosso trabalho, o nosso ser representados pelo pão e vinho.

Na oração Eucarística, Jesus consagra nossas oferendas e nos leva consigo até Deus.

Na comunhão, Deus nos devolve esse Dom. Afinal, comungar é estar em comunhão com o Corpo e Sangue de Cristo.  Ao nos unirmos à Cristo unimo-nos também a todos que estão “em Cristo”, aos outros membros da Igreja.

Devemos medir a eficácia das nossas comunhões pela melhora no nosso modo de ser e agir. (Mt 26, 26 - 28   –  Mc 14, 22-24  –  Lc 22, 19 - 20  –  I Cor 11, 23 - 29).

A Liturgia e a Santa Missa


1 – Liturgia ® O que na verdade é a Liturgia? Liturgia é tudo aquilo que nos faz estar mais em contato com as coisas que cercam a celebração.  Cada qual dentro da sua função é responsável pelo todo.
A música, os cantos, nossa participação em vez de simples “presença corporal”, tudo isso faz parte da liturgia. O ponto máximo da Celebração Litúrgica está no DOMINGO. Neste dia, a MISSA é o ponto alto da semana que está apenas começando. Por isso, vamos estudar melhor as suas partes para que possamos entedê-la como um todo:

2 – A Santa Missa [para aqueles que estão indo participar da missa e ficarão na assembléia : fazer Genuflexão (se o santíssimo estiver exposto) ou Inclinação]

RITOS INICIAIS –  Entrada do Celebrante [todos em pé] ® vai começar a Celebração. É o nosso encontro com Deus, marcado pelo próprio Cristo. Jesus é a cabeça e nós os membros desse corpo que é a Igreja. Ao chegar no altar, o celebrante faz uma inclinação e depois beija o altar (mesa). O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. O canto de entrada ajuda a promover a união da assembléia (as pessoas que estão na missa), a promover uma interiorização e ajudam a introduzir o tempo litúrgico........................................................

Saudação ® O padre dirige-se aos fiéis fazendo o sinal da cruz. Essa expressão "EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO", tem um sentido bíblico. Isto é iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a nossa ação nas mãos da Santíssima Trindade. O sinal da cruz, significa que estamos na presença do Senhor e que compartilhamos de Sua autoridade e de Seu poder.

Ato penitencial -  É um pedido de perdão, com um sentido de mudança de vida e reconciliação com Deus e os irmãos.  
Hino de louvor ®  O “Glória” é um hino de louvor à Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Quando louvamos, reconhecemos o Senhor como criador e Seu importância em nossas vidas. Nós temos a tendência a nos voltar para a súplica, ou seja, permanecemos no centro da oração. No louvor, ao contrário, Jesus é o centro de nossa oração. Louvemos o Senhor com todo o nosso ser. Só não há o Glória no ADVENTO e na QUARESMA ou em celebrações especiais.

“Oremos” ® A oração é seguida de uma pausa este é o momento que o celebrante nos convida a nos colocarmos em oração. Durante esse tempo de silêncio cada um faça Mentalmente o seu pedido a Deus. Em seguida o padre eleva as mãos e profere a oração, oficialmente, em nome de toda a Igreja. Nesse ato de levantar as mãos o celebrante está assumindo e elevando a Deus todas as intenções dos fiéis. Após a oração todos respondem AMÉM (QUE ASSIM SEJA) , para dizer que aquela oração também é sua.

LITURGIA DA PALAVRA: após o AMÉM da Oração, a comunidade senta-se mas deve esperar o celebrante  dirigir-se à cadeira. A Liturgia da Palavra tem um conteúdo de maior importância, pois é nesta hora que Deus fala conosco.

Primeira leitura ® A Primeira Leitura geralmente é tirada do  Antigo  Testamento,  onde  se encontra o passado da História da Salvação. O próprio Jesus nos fala que nele se cumpriu o que foi falado pelos Profetas a respeito do Messias (Cristo). [Somente neste momento, desde a entrada dos celebrantes, é que iremos nos sentar].

Salmo responsorial ® Salmo Responsorial  antecede  a segunda leitura, é  a  nossa  resposta a Deus pelo  que  foi  dito na  primeira leitura.  Ajuda-nos  a  rezar  e  a meditar na Palavra acabada de proclamar. Pode ser cantado ou recitado.                

Segunda leitura  ® A Segunda  Leitura  é  tirada  das Cartas, Atos dos Apóstolos ou Apocalipse. As cartas são dirigidas a uma comunidade a todos nós.  Nas missas com as crianças, geralmente há apenas 1 leitura + salmo + evangelho.          

Canto de aclamação ao Evangelho:
“O canto de Aclamação é uma espécie de aplauso para o Senhor que via nos falar.”

Evangelho [Assembléia está de pé]  ® numa atitude de  respeito  para  ouvir  a Palavra de Deus.  O Evangelho de Mateus é representado pelo A, o de Marcos pelo B e o de Lucas pelo C.        
          
Homilia  [A Assembléia toma seus assentos] ® É a interpretação de uma profecia ou a explicação de um texto bíblico. Na homilia o sacerdote "atualiza o que foi dito há mais de dois mil anos e nos diz o que Deus está querendo nos dizer hoje". Devemos refletir sobre Suas palavras e respondamos colocando-as em prática em nossa vida.

Profissão de fé ® Esta é a oração mais completa da Fé Católica. Ele reflete tudo aquilo que é ser católico e o que cremos. [A Assembléia volta a ficar de pé]

Oração da comunidade (Oração dos fiéis) ®  É quando  colocamos nas mãos d’ELe as nossas preces de maneira coletiva. Mesmo que o meu pedido não seja pronunciado em voz alta, eu posso colocá-lo na grande oração da comunidade. Assim se torna oração de toda a Igreja.
LITURGIA EUCARÍSTICA ® Na Missa ou Ceia do Senhor, o Povo de Deus é convidado e reunido, sob a presidência do sacerdote, que representa a pessoa de Cristo para celebrar a memória do Senhor. O padre representa o Cristo e nós os apóstolos. Vem a seguir o momento mais sublime da missa: é a renovação do Sacrifício da Cruz, agora de maneira incruenta, isto é, sem dor e sem violência. Pela ação do Espírito Santo, realiza-se um milagre contínuo: a transformação do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Jesus Cristo é o milagre da Transubstanciação. Ou seja, a substância agora é inteiramente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, embora as aparências sejam a do pão e do vinho.

Procissão das oferendas  [A Assembléia toma seus assentos] ®. As principais ofertas são o pão e vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. A nossa oferta (dízimo) é um sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus. O sacerdote oferece o pão a Deus, depois coloca a hóstia sobre o corporal e prepara o vinho para oferecê-lo do mesmo modo. Ele põe algumas gotas de água no vinho simboliza a união da natureza humana com a natureza divina. Na sua encarnação, Jesus assumiu a nossa humanidade e reuniu, em si, Deus e o Homem. E assim como a água colocada no cálice torna-se uma só coisa com o vinho, também nós, na Missa, nos unimos a Cristo para formar um só corpo com Ele. O celebrante lava as mãos, essa purificação das mãos significa uma purificação espiritual do ministro de Deus.
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Santo [A Assembléia volta a ficar de pé]® Prefácio é um hino "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso o celebrante convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo “Corações ao alto"! É um hino que proclama a Santidade de Deus e dá graças ao Senhor. O final do Prefácio  (abertura, iniciação) termina com a aclamação Santo, Santo, Santo (...)  que é tirado do livro do profeta Isaías (6,3) e a repetição é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade, embora sendo pecadores, de lábios impuros, estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor.

Consagração do pão e vinho  [A Assembléia já se encontra de joelhos e fica olhando para o altar] ®. O celebrante estende as mãos sobre o pão e vinho e pede ao Pai que os santifique enviando sobre eles o Espírito Santo. Por ordem de Cristo e recordando o que o próprio Jesus fez na Ceia e pronuncia estas palavras "TOMAI E COMEI, ESTE É O MEU CORPO QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS” [a assembléia olha para a hóstia e após ser exibida volta a olhar para o altar]. O celebrante faz uma genuflexão para adorar Jesus presente sobre o altar. Em seguida recorda que Jesus tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente, e o deu a seus discípulos dizendo: "TOMAI E BEBEI, ESTE É O CÁLICE DO SANGUE DA NOVA E ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRADO POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS PECADOS.  FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM” [a assembléia olha para a hóstia e após ser exibida volta a olhar para o altar].. Aqui cumpre-se a vontade expressa de Jesus, que mandou celebrar a Santa Ceia em respeito à sua memória (seu desejo). "EIS O MISTÉRIO DA FÉ" Estamos diante do Mistério de Deus. E o Mistério só é aceito por quem crê, por aqueles que têm fé. [Após este momento, a Assembléia torna a ficar de pé]

Orações pela igreja  seguido por “Por Cristo, com Cristo e em Cristo” ® Neste ato de louvor o celebrante levanta a Hóstia e o Cálice [a assembléia de pé olha para a hóstia e após ser exibida volta a olhar para o altar] e a assembléia responde com o “amém”, dizendo assim: “que assim seja”, “que seja feita a vontade do Pai”.

RITO DA COMUNHÃO / Pai nosso ®  Jesus nos ensinou a chamar Deus de Pai e assim somos convidados a rezar o Pai-Nosso. É uma oração de relacionamento e de entrega. Devemos meditar esta oração e não apenas repeti-la. Após o Pai Nosso na Missa não se diz amém pois a oração seguinte é continuação.....
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A paz ® Após o Pai-Nosso, o sacerdote repete as palavras de Jesus: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.  A paz é um dom de Deus. É o maior bem que há sobre a terra.

Fração do pão  ® O celebrante parte a hóstia grande e coloca um pedacinho da mesma dentro do cálice, que representa a união do Corpo e do Sangue do Senhor num mesmo Sacrifício e mesma comunhão. .
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Cordeiro de Deus ® Tanto no Antigo como no Novo Testamento, Jesus é apresentado como o "cordeiro de Deus". Os fiéis sentem-se indignos de receber o Corpo do Senhor e pedem perdão mais uma vez. “SENHOR EU NÃO SOU DIGNO QUE ENTREIS EM MINHA MORADA, MAS DIZEI UMA SÓ PALAVRA E SEREI SALVO”. .

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Comunhão [quem comunga fica em pé, quem não comunga senta e canta, contribuindo para a liturgia]® A Eucaristia é um tesouro que Jesus deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é receber Jesus Cristo como alimento de vida eterna. A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo.

Modo de comungar ® Quem comunga recebendo a hóstia na mão deve elevar a mão esquerda aberta, para o padre colocar a comunhão na palma da mão. Há aqueles que preferem direto na boca. Quando a comunhão é nas duas espécies, ou seja, pão e vinho, só é possível comungar se for feita diretamente na boca.

Pós comunhão [sentados.] ® Quando se comunga, ao voltarmos ao nosso lugar, devemos (em vez de nos ajoelharmos e agradecermos) continuar o canto de comunhão e somente quando o Padre (celebrante) se senta é que devemos fazer nossas orações e agradecimentos.   

Rito final [em pé]® Seguem-se a Ação de Graças e os Ritos Finais. Despedimo-nos, e é nessa hora que começa nossa missão: a de levar Deus àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações.  Como receber a benção? [Nossas mãos devem estar estendidas de forma a colher as bênçãos que  nos são dadas] (...) O celebrante diz: “IDE EM PAZ, E QUE O SENHOR VOS ACOMPANHE”, nós respondemos: GRAÇAS A DEUS! [Para saírmos da Igreja, faremos Genuflexão (depende se o santíssimo estiver exposto) ou Inclinação diante o altar / na saída ] .

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