Para ajudar na formação da consciência política dos fieis, a Arquidiocese de Brasília lançou nesta quinta-feira (14) o documento Orientações Pastorais – Eleições 2014. A publicação quer contribuir para o debate e formação dos cidadãos a respeito do processo eleitoral deste ano.
O material foi elaborado por dom Sergio
da Rocha, arcebispo metropolitano de Brasília, e pelos bispos auxiliares
dom Leonardo Ulrich Steiner, dom Valdir Mamede, dom José Aparecido e
dom Marcony Vinícius Ferreira. As orientações trazem reflexões sobre a
atuação de candidatos e eleitores, além de caminhos pastorais para a
Igreja de Brasília durante o período.
No documento, os bispos asseguram a
neutralidade da Igreja local na política, relatando que a missão
eclesial é evangelizadora e de caráter eminentemente pastoral,
reprovando qualquer uso da instituição, dos integrantes dela e das
atividades pastorais para fins eleitoreiros.
Os epíscopos atentaram ainda para a
importância do voto e da participação consciente, sendo realizado como
um ato de responsabilidade, uma vez que este ato traz implicações para a
vida de todos.
O documento também apresenta critérios
que podem ser levados em consideração na hora da escolha do candidato:
comportamento ético, honestidade, competência, transparência e vontade
de servir ao bem comum - que deve estar acima dos interesses
particulares.
Destaques
Na publicação, dois pontos têm destaque.
O primeiro é referente às questões de vida e família; já o segundo é
categórico a respeito da situação de clérigos e religiosos que queiram
disputar cargos políticos.
“Os candidatos e suas propostas
políticas devem defender e promover a vida de cada pessoa desde a
concepção até o seu fim natural, o matrimônio e a família, o direito à
manifestação pública da fé, o respeito à Igreja e à justiça social.
Candidatos que apresentem propostas políticas contrárias a esses e
outros valores éticos não devem receber o voto dos eleitores católicos”
(...)
“Segundo o Código de Direito
Canônico, ‘os clérigos são proibidos de assumir cargos, públicos que
implicam no exercício do poder civil’. (Cân. 285 3; cân.287 1).
Assim sendo, na Arquidiocese de Brasília, é proibido aos clérigos
candidatar-se a cargos políticos. Em caso de transgressão desta norma,
eles deixarão de exercer o próprio oficio eclesiástico, com a suspensão
do uso de ordem, durante a campanha eleitoral e no exercício de um
eventual mandato. É vedado também aos clérigos atuar em encontros ou
campanhas político-partidárias, bem como fazer pronunciamentos públicos
sobre quaisquer candidatos”.
Fonte: Arquidiocese de Brasília.
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