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sábado, 2 de setembro de 2017

Porque o Católico não pode ser Espírita?

Cada religião possui seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma. Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não cumprirá honestamente nem uma, nem outra.
O católico não pode ser espírita porque:

1. O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.
2. O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.
3. O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.
4. O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.
5. O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.
6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que esta nunca foi inspirada por Deus.
7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.
8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está errado ou foi falsificado.
9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalharam o erro e a incredulidade.
10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra. O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo estava inutilizada e perdida.
11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.
12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.
13. O espírita nega esse augusto mistério.
14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro panteísmo).
15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.
16. O católico que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e alma e que o corpo é apena um invólucro temporário, um “alambique para purificar o espírito”.
17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evocação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.
18. O católico crê na existência de anjos e demônios.
19. O espírita afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfeitos que alcançarão a perfeição.
20. O católico crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.
21. O espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que Cristo era apenas um grande médium e nada mais.
22. O católico crê também que Jesus é verdadeiro homem, com corpo real e alma humana. Grande parte dos espíritas afirma que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.
23. O católico crê que Maria é a Mãe de Deus, Imaculada e assumta ao céu. O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.
24. O católico crê que Jesus veio para nos salvar, por sua Paixão e Morte. O espírita afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que cada pessoa precisa remir-se a si mesma.
25. O católico crê que Deus pode perdoar o pecador arrependido. O espírita afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, sempre em novas reencarnações.
26. O católico crê nos Sete Sacramentos e na graça própria de cada Sacramento. O espírita não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo o poder da graça santificante.
27. O católico crê que o homem vive uma só vez sobre a Terra e que desta única existência depende a vida eterna.
28. O espírita afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e progride continuamente (reencarnação).
29. O católico crê que após esta vida exista o céu e o inferno.
30. O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.

Por Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS)

Fonte: http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/2014/01/06/por-que-o-catolico-nao-pode-ser-espirita/

A força da oração de uma mãe pelo filho

Santa Mônica é o exemplo claro do poder da oração das mães pelos filhos. Ela nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.

Deus estabeleceu uma lei: precisamos pedir a Ele as graças necessárias em nossa vida, para sermos atendidos. Jesus foi enfático: “E eu vos digo: pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.  Pois todo aquele que pede, recebe; aquele que procura, acha; e ao que bater, se lhe abrirá” (Lc 11,8-10). Quem não pede não recebe.

Jesus disse isso depois de contar aquele caso do vizinho que bateu na porta da casa do outro para pedir um pouco de pão à meia noite, porque tinha recebido uma visita e estava sem pão. Como o outro não quis atendê-lo, Jesus disse: “Eu vos digo: no caso de não se levantar para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente por causa da sua importunação se levantará e lhe dará quantos pães necessitar”.

Ora, o que Jesus está querendo nos ensinar com isso?

Que devemos fazer o mesmo com Deus. Importuná-lo! Mas, por que Deus faz assim? É para saber se de fato confiamos Nele; se temos fé de verdade, como aquela mulher cananeia, que não era judia, mas que pediu com insistência que curasse o seu filho endemoniado  (Mt 15, 22). Se a gente pede uma vez ou duas, e não recebe, e não pede mais, é porque não confiamos Nele.

Santo Agostinho ensinou o seguinte: “Deus não nos mandaria pedir, se não nos quisesse ouvir.  A oração é uma chave que nos abre as portas do céu.  Quando vires que tua oração não se apartou de ti, podes estar certo de que a misericórdia tão pouco se afastou de ti. Os grandes dons exigem um grande desejo porquanto tudo o que se alcança com facilidade não se estima tanto como o que se desejou por muito tempo. Deus não quer dar-te logo o que pedes, para aprenderes a desejar com grande desejo”.

Ninguém como ele entendeu a força da oração de uma mãe por seu filho; pois durante vinte anos sua mãe, Santa Mônica, rezou pela conversão dele, e conseguiu. Ele mesmo conta isso no seu livro “Confissões”.

Ele disse que sua mãe ia três vezes por dia diante do Sacrário em Hipona, e pedia a Jesus que seu Agostinho se tornasse “um bom cristão”. Era tudo que ela queria, não pedia que ele fosse um dia padre, bispo, santo, doutor da Igreja e um dos maiores teólogos e filósofos de todos os tempos. Mas Deus queria lhe dar mais. Queria de Agostinho esse gigante da Igreja, então, ela precisava rezar mais tempo e sem desanimar. E Santa Mônica não desanimou, por isso temos hoje esse gigante da fé. Fico pensando se ela parasse de rezar depois de pedir durante 19 anos… Não teria o seu filho convertido. E nós não teríamos o Doutor da Graça.

Quando Agostinho deixou a África do Norte, e foi ser o orador oficial do imperador romano, em Milão, ela foi atrás dele. Tomou o navio, atravessou o Mediterrâneo, e foi rezar por seu filho. Um dia, foi ao bispo de Milão, em lágrimas, dizer-lhe que não sabia mais o que fazer pela conversão de seu Agostinho, que o bispo bem conhecia por sua fama. Simplesmente o bispo lhe respondeu: “Minha filha, é impossível que Deus não converta o filho de tantas lágrimas”.

E aconteceu. Santo Agostinho, ouvindo as pregações de Santo Ambrósio, bispo de Milão, se converteu; foi batizado por ele, e logo foi ordenado padre, escolhido para bispo, e um dos maiores santos da Igreja. Tudo porque aquela mãe não se cansou de rezar pela conversão de seu filho… vinte anos!

Santo Agostinho disse nas “Confissões” que as lágrimas de sua mãe diante do Senhor no Sacrário, eram como “o sangue do seu coração destilado em lágrimas nos seus olhos”.  Que beleza! Que fé!

É exatamente o que a Igreja ensina: que nossa oração deve ser humilde, confiante e perseverante. Humilde como a do publicano que batia no peito e pedia perdão diante do fariseu orgulhoso; confiante como a da mãe cananeia e perseverante como a da mãe Mônica. Deus não resiste às lágrimas e as orações de uma mãe que reza assim.

Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.

O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”. Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo.

Prof. Felipe Aquino

5 maneiras de fazer o tempo parar de voar

Já reparou que muitas vezes a semana passa rápido, e você sente que não aproveitou nem a metade do que poderia aproveitar?

Essa sensação é mais comum do que imaginamos – e tem tudo a ver com a nossa percepção do tempo. A rotina é a culpada por isso: quando a vida se resume  a uma interminável repetição das mesmas experiências, não temos porque guardar estas memórias de uma forma especial, e tudo parece passar por nós como um borrão. A mesma lógica explica o motivo pelo qual a infância segue o caminho oposto – o mundo era inteiro feito de novidades, por isso o ritmo das coisas era bem mais vagaroso.

Mas não se preocupe, existem boas formas de desacelerar o tempo. Confira:

- Experimente coisas novas

Não há como negar que a rotina tenha um apelo forte e transmita uma sensação de conforto. No entanto, pequenas mudanças já podem fazer uma grande diferença na forma como apreendemos nosso cotidiano: por que não tentar um trajeto diferente para casa ou para o trabalho? Que tal jantar em um restaurante diferente, ou viajar para um lugar novo? Começar pelos detalhes pode ser um bom caminho.

- Tente inovar no trabalho

Por ocupar tantas horas do dia, o trabalho merece uma atenção especial. É fácil deixar que a torrente de obrigações te deixe levar, e fazer tudo da mesma forma pode parecer uma boa opção para garantir os resultados esperados. Mesmo que seja difícil, correr riscos é importante: uma postura mais inovadora pode criar situações gratificantes e estimular o envolvimento com seu emprego, além de aumentar o sentimento de auto-satisfação.

- Conheça pessoas novas

Sabe aquela pessoa que você vê todos os dias, mas com quem nunca trocou sequer uma palavra? Ela poderia se tornar uma grande amiga ou, quem sabe, até mesmo um grande amor. Conhecer histórias de vida e estabelecer novos vínculos possui um grande potencial de gerar momentos estimulantes.

- Aproveite melhor cada momento

Aqui cabe citar o velho Carpe Diem: focar no momento presente e aproveitá-lo da melhor maneira possível é a chave para extrair o máximo de suas experiências e aprender com elas. Mesmo para as coisas que compõem claramente uma rotina, há uma saída – tente vê-las de um outro ângulo. Prestar mais atenção ao seu redor, tanto no novo quanto no velho, é uma ótima forma de incentivar insights e intensificar seus momentos.

-Foque no lado bom das coisas

Vale tanto para o passado, quanto para o presente, como para o futuro: valorize mais as boas lembranças vividas, atenha-se ao que te faz sentir mais estimulado, e espere o melhor do seu futuro. Aposte sempre na espontaneidade – nada como atitudes inesperadas para quebrar a rotina.

Fonte: Revista Galileu

sábado, 4 de junho de 2016

Como lidar com pessoas difíceis?

Não olhe para elas! Ninguém é mau, egoísta, falso, grosseiro ou indiferente porque quer! Não é que elas devam ser ingenuamente desculpadas ou isentas de responsabilidades. Nada disso! Porém, se não as compreendermos, seremos os primeiros a ser prejudicados.

É por isso que, antes de qualquer coisa, vale fazermos o exercício de olhar para as pessoas procurando enxergar bem mais do que são capazes de fazer, especialmente se nos causam medo, irritação e raiva. Há irmãos que, se não formos capazes de olhá-los assim, poderemos desistir deles; o que seria um grande mal.

Por favor, experimente olhar para as pessoas indo além das aparências. É bem provável que você encontre alguém que precise de ajuda!

Fonte: Ricardo Sá - CN

O que temos feito como batizados na fé católica?

“Tudo o que aconteceu com Cristo dá-nos a conhecer que, depois da imersão na água, o Espírito Santo voa sobre nós do alto do Céu e que, adotados pela Voz do Pai, nos tornamos filhos de Deus”. S. Hilário de Poitiers
Antes de tudo, é necessário compreendermos com profundidade qual é o verdadeiro sentido do Batismo…
Bem, primeiro, recordemos o batismo de Jesus. Qual o significado do batismo de Jesus no Rio Jordão com João Batista?
Não foi o Batismo sacramental que Jesus recebeu, pois Ele não tinha o pecado original. João Batista foi o escolhido pelo pai para preparar o caminho do Redentor, anunciar a Israel a chegada do Messias. Ele é a “Voz que clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor, endireitai as veredas para Ele” (Mt 3,3). João deixou claro: “Eu vos batizo com água… Ele vos batizará com o Espírito santo e com fogo” (Mt 3,11)
Por que, então, Jesus entrou na fila dos pecadores?
Ensina a Igreja que foi para “ser solidário com os pecadores”, e aceitar ser o “Servo de Javé”, que Jesus, por Sua Paixão e morte de cruz, salvaria o Mundo, pagaria à Justiça Divina a culpa de toda a humanidade.
Ali começou a vida pública de Jesus; o Espírito Santo desce sobre Sua humanidade e o Pai confirma a predileção por Seu Filho. É a Epifania de Jesus a Israel como o Seu messias.
Diz a Liturgia das Horas que ele entrou nas águas do Jordão para “lavar todas as águas, até às fontes”, para a purificação dos cristãos pelo Batismo.
Foi um gesto de obediência à vontade do Pai e de profunda humildade, pelo qual Jesus dissolveu a desobediência e a soberba de Adão. Ele é o Novo Adão. Ali no Jordão “Ele aceitou, por amor a nós, este batismo de morte para a remissão dos nossos pecados” (CIC, §536). E ali Ele recebeu o Espírito Santo em plenitude para ser a fonte do Espírito para toda a humanidade. No batismo de Jesus, “abriram-se os Céus” (Mt 3,16) que o pecado de Adão havia fechado e as águas são santificadas, que é o prelúdio de uma nova criação.
Nós, que também fomos batizados, voltamos a ser filhos de Deus no Filho de Deus, membros da Igreja, novamente, herdeiros do Céu. Pelo Batismo fomos sacramentalmente assimilados a Jesus, devendo repetir este mistério de rebaixamento humildade e de arrependimento, desceu à água com Jesus para subir novamente com Ele “renasceu da água e do Espírito” (Jo 3)”para tornar-se, no Filho, filho bem amado do Pai” (CIC,§ 537)e viver Nele uma vida nova.
No Batismo, somos sepultados com Cristo para ressuscitar com Ele. São Paulo disse: ” Se ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto… Pois morrestes e a vossa vida está escondida com Cristo, em Deus”. (Col 3,1-3).
O Batismo, portanto, nos chama a uma vida nova; é a “entrada sacramental na vida da fé” (CIC, §1236). Nele o batizado recebe “a semente da fé” que deve fazer crescer, pois “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11,6), e o “justo vive pela fé” (Rom 1,17). Ao catecúmeno ou ao seu padrinho é feita a pergunta: “Que pedis à Igreja de Deus?”. E este deve responder: ” A fé”.
Então, o cristão deve viver pela fé; fazê-la crescer na luta contra as fraquezas da natureza e os pecados. O batismo nos faz “cristãos”, isto é, “imitadores de Cristo”. São leão Magno dizia: “De que vale carregarmos o nome de cristãos, se não imitamos a Jesus Cristo?”
Em nosso Batismo, nossos pais e padrinhos, na fé da Igreja, assumiram por nós as promessas do Batismo, renunciaram o pecado, a satanás e a todos as suas obras e professaram a Fé da Santa Igreja. Rezaram o Credo!
E nós? Será que estamos cumprindo essa promessa?
Será que lutamos todos os dias, sem cessar, para renunciar as obras do demônio?
Combatemos os pecados como: soberba, ganância, impurezas, gula, ódio, inveja, preguiça, maledicência, respeito humano, mentira, egoísmo?…
Será que obedecemos a Jesus que nos manda “vigiar e orar” porque o espírito é forte, mas a carne é fraca?
Sem a oração, “sem cessar”; sem vigilância; sem vida sacramental, com confissão e comunhão permanente; não podemos cumprir as promessas de nosso Batismo. E São Paulo exorta-nos: “Mortificai os vossos membros: imoralidade sexual, paixão, maus desejos, especialmente a ganância, que também é uma idolatria… Rejeitai a tudo isto: ira, furor, malvadeza, ultrajes, e não saia de vossa boca nenhuma palavra indecente… pois já vos despojastes do homem velho e da sua maneira de agir, e vos revestistes do homem novo”. (Col 3,5-10). Jesus disse com todas as letras: “Sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,5). Então, busquemos o Senhor e a Sua força, sobretudo na oração de intimidade com Ele e na Eucaristia.
E Jesus nos deu a Sua Mãe para ser nossa Mãe espiritual: guia, consolo, conforto, apoio e segurança nos caminhos da vida.
Com Jesus e Maria, com a intercessão dos santos por nós, sem cessar, cumpramos as promessas do nosso Batismo; nossa salvação!
Prof. Felipe Aquino
Fonte - http://cleofas.com.br/o-que-temos-feito-como-batizados-na-fe-catolica/ 

Toda pessoa que se suicida está condenada?

Antigamente se pensava que sim, embora a Igreja nunca tenha ensinado isso oficialmente; pois ela nunca disse o nome de um condenado. Hoje, com a ajuda da psicologia e psiquiatria, sabemos que a culpa do suicida pode ser muito diminuída devido a seu estado de alma.
Evidentemente que o suicídio é, objetivamente falando, um pecado muito grave, pois atenta contra a vida, o maior dom de Deus para nós. Infelizmente há países que chegam a facilitar e até mesmo estimular esta prática para pacientes que sofrem ou para doentes mentais. Na Suíça, por exemplo, uma decisão da Suprema Corte abriu o caminho para a legalização da assistência ao suicídio de pacientes mentalmente doentes. O país já permite legalmente o suicido assistido para outros tipos de pacientes com uma ampla faixa de doenças e incapacidades físicas. É o império da “cultura da morte” através da eutanásia.

O Catecismo da Igreja ensina que:
§2280 – “Cada um é responsável por sua vida diante de Deus que lha deu e que dela é sempre o único e soberano Senhor. Devemos receber a vida com reconhecimento e preservá-la para sua honra e a salvação de nossas almas. Somos os administradores e não os proprietários da vida que Deus nos confiou. Não podemos dispor dela”.

§2281 – “O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. É gravemente contrário ao justo amor de si mesmo. Ofende igualmente o amor do próximo porque rompe injustamente os vínculos de solidariedade com as sociedades familiar, nacional e humana, às quais nos ligam muitas obrigações. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo”.

Mas o Catecismo lembra também que a culpa da pessoa suicida pode ser muito diminuída:
§2282 – “Se for cometido com a intenção de servir de exemplo, principalmente para os jovens, o suicídio adquire ainda a gravidade de um escândalo. A cooperação voluntária ao suicídio é contrário à lei moral. Distúrbios psíquicos graves, a angústia ou o medo grave da provação, do sofrimento ou da tortura podem diminuir a responsabilidade do suicida”.

Portanto, ninguém deve pensar que a pessoa que se suicidou esteja condenada por Deus; os caminhos de Sua misericórdia são desconhecidos de nós. O Catecismo manda rezar por aqueles que se suicidaram:

§2283 – “Não se deve desesperar da salvação das pessoas que se mataram. Deus pode, por caminhos que só ele conhece, dar-lhes ocasião de um arrependimento salutar. A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida”.

Certa vez o santo Cura D´Ars, São João Maria Vianney, ao celebrar a santa Missa notou que uma mulher vestida de luto estava no final da igreja chorando, seu marido havia suicidado na véspera, saltando da ponte de um rio. O santo foi até ela no final da Missa e lhe disse: “pode parar de chorar, seu marido foi salvo, está no Purgatório; reze por sua alma”. E explicou à pobre viúva: “Por causa daquelas vezes que ele rezou o Terço com você, no mês de maio, Nossa Senhora obteve de Deus para ele a graça do arrependimento antes de morrer”. Não devemos duvidar dessas palavras.

Prof. Felipe Aquino

Como devemos fazer a Celebração da Palavra na comunidade?

A missa é a maior celebração que podemos participar como cristão, porém, em algumas comunidades de nossas paróquias, a ausência de um sacerdote não permite que isso aconteça, por conta disso a comunidade se reúne para celebrar a Palavra de Deus. 

A Celebração da Palavra pode ser presidida por um Diácono, um religioso, mas também por outros leigos desde que seja delegado por um ordenado.

Nesta celebração, que é uma verdadeira ação litúrgica, remete a memória do Cristo presente em sua Palavra, que também é alimento para nossa fé. Celebra o dia do Senhor, a Páscoa semanal.

Quando a comunidade canta, ora e louva, Cristo se faz comunhão com o seu povo, pois é Ele que fala. 

Tudo deve ser feito num rito harmonioso, reunindo o povo em nome do Senhor, proclamando e atualizando a Palavra, rendendo ação de graças e enviando em missão. 

Vejamos como pode ser o roteiro desta celebração:

RITOS INICIAIS → Procissão e Cântico de Entrada; Sinal da cruz; Saudação Inicial; Introdução ao Mistério da celebração; Rito Penitencial;  Glória; Oração do dia.

LITURGIA DA PALAVRA → Primeira Leitura; Salmo Responsorial; Segunda Leitura; Aclamação ao Evangelho; Evangelho; Homilia; Profissão de fé; Oração dos fiéis.

LOUVOR OU AÇÃO DE GRAÇAS → Esse momento pode ser realizado com salmos, hinos, cânticos bíblicos, orações litânicas, louvações populares. 

Não deve ter a forma da celebração eucarística. Não faz parte desta celebração a apresentação das ofertas de pão e de vinho, a oração eucarística da missa, o canto do cordeiro de Deus, pois este é um canto que acompanha o rito da fração do pão. Não se deve substituir o louvor e a ação de graças pela adoração ao Santíssimo Sacramento. 

Neste momento de louvor e ação de graças, pode rezar a oração do Pai Nosso, o abraço da paz e concluindo com a oração final. 

LOUVOAÇÃO E AÇÃO DE GRAÇAS COM COMUNHÃO EUCARÍSTICA → Neste caso no momento de louvor e ação de graças, pode também ser realizado a distribuição da eucarística. Após as preces, canta-se a louvação, em seguida, o Santíssimo Sacramento é colocado no altar e passa-se ao rito da comunhão: Pai Nosso; Abraço da paz; Eis o Cordeiro de Deus; Comunhão; Silêncio e Oração.

RITOS FINAIS → Como de costume; Avisos;  Canto; Bênção e Despedida.


O papel de quem preside é manter viva a relação de diálogo entre Deus e a comunidade. Já o papel da equipe de preparação é preparar o melhor para que este diálogo seja fiel e proveitoso.

Por: Marcos Aldair

(Referência: Guia Litúrgico-Pastoral 2a edição da CNBB)

Coração de Pedra é a música do dia com a cantora católica Jean


Hoje a “música do dia” é “Coração de Pedra” da cantora católica Jean. A música é uma linda reflexão, nós que muitas vezes temos o coração duro, o coração incapaz de amar, a música clama pela cura do nosso coração. Confira:



Coração de Pedra - Jean


Já perdi as contas de quanto sofri
De tantos erros que eu cometi
Das decisões erradas que eu já tomei
Quantas vezes em vão me sacrifiquei

Deixei Teus caminhos pra segui os meus
Pelo mundo então deixei me seduzir
Troquei a Tua luz pela escuridão
E no fim só machuquei meu coração

Meu coração que era de carne virou pedra
E incapaz de amar fechou sua canela
Só um milagre poderá trazer de volta
Aquilo que um dia se perdeu
Pois somente hoje reconheci os erros meus

Preciso de Ti oh meu Senhor
Faz um milagre acontecer
Venha curar meu coração
E me fazer capaz de amar
Rompe as barreiras meu Senhor
Quero está bem perto de Ti
Triste foi está tão longe assim
Mais eu voltei, aceita-me Senhor

Nossa atitude ante a presença eucarística de Jesus

A experiência prova que frequentemente a esquecemos.
 
A presença eucarística não exerce em nossas vidas o poder de atração que deveria originar; não é o ímã que deveria atrair nossos corações e uni-los indissoluvelmente à pessoa de Cristo Jesus. O comportamento de muitos cristãos aí está para provar que não nos guia aqui uma visão pessimista das coisas, mas o reconhecimento de dolorosa constatação. “Vinde a mim todos os que estais afadigados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Os termos de que se serve Jesus são prenhes de significação. “Vinde” exprime um convite instante e alegre; os “afadigados” são os que trabalham duramente e sentem fraquejarem-lhes as forças; os “sobrecarregados” evocam esses animais de carga que carregamos até não suportarem mais. O que equivale a dizer: “Quando não puderdes mais, vinde. Não busqueis as consolações humanas frequentemente insípidas e inoperantes; não disperseis as forças que vos restam em confidências sem fim, em justificações que só acabam por ainda mais vos azedar, revolvendo lembranças amargas, reabrindo feridas que não chegam a cicatrizar-se. Vinde então a mim; tenho o que é preciso para vos tranquilizar. Tende a coragem de tomar minhas palavras ao pé da letra”. Quantos cristãos têm a lucidez de enveredar por esse caminho, austero, mas o único vivificante, do recurso a Cristo? São pouco numerosos; pois, para eles, o que chamam “sustento”, “reconforto”, limita-se ao humano necessariamente frágil e limitado. Mas para as almas de fé, é este o incomparável benefício da presença eucarística.
Cristo nos espera para ocupar-se de nós. As almas que tentaram a experiência sabem o valor do auxílio então recebido; guardam com amor o seu segredo e aprenderam, para sua alegria, que o recurso ao Cristo da Eucaristia, em todas as circunstâncias da vida, sobretudo em meio às dificuldades, não é vão convite; proclamam, na confiança que lhe votaram, que Cristo disse a verdade. Quando vamos com fé, recebemos.

Não somente esquecemos a presença eucarística, mas dela não tiramos suficiente proveito. Eis uma afirmação que pode surpreender. Não é diminuir a Eucaristia, dirão, ou reduzi-la a um fim utilitário, a um proveito qualquer que dela pudéssemos tirar? Temos o direito de empregar tal linguagem quando se trata de uma presença tão preciosa?

Que responder a essa surpresa?
Há um princípio que dirige toda a ação providencial de Deus no mundo das almas; ei-lo: todos os dons de Deus são para a utilidade daqueles a quem são concedidos. O Cristo eucarístico quer que nos sirvamos dele. Não o sabemos suficientemente. Para muitos cristãos, não é a Eucaristia livro de que se conhece apenas o título? Lembrai-vos de que Cristo encerrou em sua presença eucarística todas as riquezas de seu coração. Elas são para vós: não tendes senão que vos apropriardes delas. Será a própria Eucaristia que vos esclarecerá sobre o seu sentido. É quando se vive dela que se compreende que ela é a Vida. Onde, pois, quereis aprender a conhecer a Deus senão lá, onde ele se pôs inteiramente?

Onde quereis aprender a amá-lo senão lá, onde pôs todo o seu amor? Presença preciosa, certamente, mas sobretudo presença necessária.

Ide, pois, à Eucaristia com a fome que é preciso ter quando se quer responder às exigências da vida. Ter fome da Eucaristia é ter fome de Deus. E em troca dessa sua misericordiosa disposição de habitar entre nós, Cristo não pede senão uma coisa: que nos aproximemos dele a fim de nos podermos conformar sempre mais a ele e prosseguir a sua obra. Quanto mais nos aplicarmos nisso, mais será necessário irmos a ele.

É ao seu contato que obteremos a força de fazer o que sem ele não se pode fazer.

Quando contemplamos esse mistério da presença de Cristo no meio de nós, quando nos inclinamos sobre esse abismo de misericórdia como nos inclinamos sobre uma caixa, vemos resplandecer um diamante. Mas, para que o vejamos assim, cumpre colocarmo-nos na luz da fé; senão seríamos como uma criança brincando com diamantes sem conhecer-lhes o valor, pensando serem pedaços de vidro: se perdesse alguns, isso não teria quase nenhuma importância para ela. Da mesma maneira, como é preciso um raio de sol para que o diamante mostre todo o seu resplendor, é preciso um raio do Espírito Santo para evidenciar a beleza do tesouro contido nesse sacrário que é a Eucaristia. Como, então, essa presença nos aparece grande, e como se mostra magnífica! Quanto mais ela for vista nessa luz, mais sereis levados a admirá-la e mais ireis a ela com as disposições que lhe permitirão realizar seu trabalho em vós.

Retirado do livro “ O Mistério da nossa conformidade a Cristo”

Por Professor Felipe Aquino 

quarta-feira, 9 de março de 2016

A função da música na Liturgia

O Catecismo da Igreja Católica aponta-nos que: “O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unanime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis: ‘Quando chorei ouvindo vossos hinos, vossos cânticos, os acentos suaves que ecoavam em vossa Igreja! Que emoção me causava! Fluíam em meu ouvido, destilando a verdade em meu coração. Um grande elã de piedade, e elevava, e as lágrimas corriam-me pela face, mas me faziam bem”’. 

E se resta-nos alguma dúvida sobre o que é uma música litúrgica e, ao mesmo tempo, seu uso, a CNBB nos mostra de forma bastante clara: “Quanto mais uma obra musical se insere e se integra na ação litúrgica e em seus diversos ritos, ‘aqui e agora’, e na celebração comunitária, tanto mais é adequada ao uso litúrgico. Ao contrário, quanto mais uma obra musical se emancipa do texto, do contexto, das leis e ritos litúrgicos, muito embora se torne demonstração de arte e de cultura ou de saber humano, tanto mais é imprópria ao uso litúrgico”.

Assim, podemos perceber que o canto é extremamente importante na Celebração dos Santos Mistérios, de forma especial da Santa Missa e da Liturgia das Horas. A Igreja nunca deixou de afirmar, mas sempre salientou e o continua fazendo de que há uma maior nobreza e solenidade ao usar o canto da Liturgia, sendo a música sempre sua expressão profunda.

Como colocado acima, o canto é necessário e desejado sendo que, inclusive, por meio dele se atinge uma participação ativa e frutuosa na Missa. Porém, por mais que a Igreja incentive os cantos, não tolhendo nenhuma forma cantual ou musical, ela nos concede uma liberdade para escolhê-los, dentro de normais gerias que, na verdade, nada mais são que expressões simples de bom senso daqueles que têm o ministério musical.

A primeira regra é que os cantos da Santa Missa devem ser escolhidos segundo o Tempo Litúrgico, a tônica da Celebração e seu próprio lugar dentro dela. A outra norma geral é que, há sempre necessidade de fidelidade às normas litúrgicas ao se escolher os cantos, especialmente ao não se substituir hinos litúrgicos por cânticos que falam uma o u duas palavras da forma original (não é porque um canto diz “Glória” que ele poderia ser usado no Hino de Louvor). Por fim, há uma terceira regra geral e que, de certa forma, gera as outras duas: é um direito de todo cristão católico ter música de boa qualidade e idônea na celebração da Santa Missa.

Independentemente de que forma musical foi escolhida, é dever de todos sempre zelar pela universalidade da Liturgia, neste caso, os fiéis devem aprender a cantar sua parte me vernáculo e, sempre que possível, em latim, também pro um pedido expresso do Concílio ao dizer-nos que: “A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene”. Abaixo, falaremos mais sobre a possibilidade de implementação e retorno ao patrimônio musical da Igreja para nossas celebrações.

Ao falarmos de repertório, porém, recordamos que nem sempre se é possível achar um cântico bom (ou seja, que tenha conteúdo, melodia…) e que encaixe-se dentro de determinada parte da Santa Missa ou da Liturgia católica, por isso, a Igreja expressou-nos a sua preocupação atual sobre a música ao dizer que: “Portanto, é necessária uma renovada e mais profunda consideração dos princípios que devem estar na base da formação e da difusão de um repertório de qualidade. Somente assim se poderá permitir que a expressão musical sirva de modo apropriado a sua finalidade última, que ‘é a glória de Deus e a santificação dos fiéis”’.

Trecho retirado do livro: Entrarei no altar de Deus

Por Professor Felipe Aquino em http://cleofas.com.br/a-funcao-da-musica-na-liturgia/