Muitos títulos de Maria se
referem aos momentos da sua vida, como por exemplo, o de Nossa Senhora da
Conceição, quando nos referimos a Ela que foi concebida Imaculada, pura,
enriquecida de privilégios por Deus, em razão da sua maternidade Divina. Maria
é chamada pelo nome do lugar onde Ela apareceu. Por exemplo: Nossa Senhora de
Lourdes, de Fátima, etc. Outros títulos significam proteção, socorro, consolo e
assim por diante. Entretanto, os títulos são muitos, mas uma só é a Virgem
Maria. Alguns dos títulos de Maria:
NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
A 13 de Maio de 1917, três
crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima,
conselho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se
Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7
anos.
Por volta do meio dia,
depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a
construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a
Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram
ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima
de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições),
uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço
branco.
A Senhora disse aos três
pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da
Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora.
NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
O ano de 1830 ficou
marcado pela manifestação da Imaculada Virgem Maria que, do Céu veio trazer-nos
o seu retrato da Medalha bendita, à qual por causa dos seus prodígios e
milagres, o povo cristão deu o título de Milagrosa.
Não é a Medalha Milagrosa
como muitas que se tem inventado para representar os títulos e invocações de
Maria Santíssima, medalhas dignas de respeito e veneração pelo que representam,
mas que não tem origem mais do que o gosto do artista que as fabricou, ou o
fervor do Santo que as divulgou.
Não assim a Medalha
Milagrosa; ela é um rico presente que Maria Imaculada quis oferecer ao mundo no
século XIX, como penhor dos seus carinhos e bênçãos maternais, como instrumento
de milagres e como meio, de preparação para a definição dogmática de 1854.
Foi na comunidade das
Filhas da Caridade, fundada por São Vicente de Paulo, que a Santíssima Virgem
escolheu a confidente dos seus desígnios, para recompensar de certo a devoção
que o Santo sempre teve à Imaculada Conceição de Nossa Senhora, e que deixou
por herança aos seus filhos e filhas espirituais.
"Formou-se então em
torno da Virgem, um quadro um pouco oval onde em letras de ouro se liam estas
palavras: 'Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós'.
Fez-se ouvir então uma voz que me dizia: 'Manda cunhar uma Medalha por este
modelo; as pessoas que a trouxerem indulgenciada receberão grandes graças,
mormente se a trouxerem ao pescoço; hão de ser abundantes as graças para as
pessoas que a trouxerem com confiança' ."
NOSSA SENHORA APARECIDA
Desde o descobrimento do
Brasil cultiva-se aqui a devoção de Nossa Senhora. Os portugueses descobridores
do país tinham-na aprendido e usado desde a infância; os primeiros missionários
recomendavam e propagavam-na. Aonde se fundavam cidades, construíram-se igrejas
em honra de Nossa Senhora Aparecida e celebravam-se com grandes solenidades as
suas festas. Foi certamente em recompensa desta constante devoção que a Virgem
Santíssima quis estabelecer no Brasil um centro de sua devoção, um trono de
graças, um santuário em nada inferior aos grandes santuários de outros países.
Data o ano de 1717 a
origem da romaria de Nossa Senhora Aparecida. Três pescadores, de nome Domingos
Garcia, João Alves e Felipe Pedroso, moradores nas margens do rio Paraíba, no
município de Guaratinguetá/SP, estavam um dia pescando em suas canoas, sem
conseguir durante longas horas pegar peixe algum. Lançando João Alves mais uma
vez a sua rede na altura do Porto de Itaguaçu, retirou das águas o corpo de uma
imagem, mas sem cabeça e, lançando mais abaixo de novo a rede, colheu também a
cabeça. Envolveu-a em um pano e continuou a pesca. Desde aquele momento foi tão
abundante a pescaria, que em poucos lances encheram as canoas e tiveram de
suspender o trabalho para não naufragarem.
Não tardou a Virgem
Santíssima a mostrar por novos sinais que tinha escolhido essa imagem para
distribuir favores especiais aos seus devotos. Diversas vezes as pessoas que à
noite faziam diante dela as suas orações, viam luzes de repente apagadas e
depois de um pouco reacendidas sem nenhuma intervenção humana. Logo, já não
eram somente os pescadores os que vinham rezar diante da imagem, mas também
muitas outras pessoas das vizinhanças. Construiu-se dentro em pouco um oratório
e após alguns anos, com a intervenção do vigário da paróquia, uma capelinha.
NOSSA SENHORA DA GUIA
Este título teve origem no
facto bíblico de que Maria guiou muito Jesus, o Deus encarnado e o Filho de
Deus, quando Ele era ainda criança e jovem. Geralmente, a Nossa Senhora da Guia
encontra-se sentada, segurando o Menino Jesus nos braços, como que o amparando,
encontrando-se ambos coroados. Em algumas representações, a Virgem Maria segura
também uma estrela em uma das mãos, simbolizando a Estrela da Guia, que
conduziu os Reis Magos até a manjedoura onde encontrava-se o Menino Jesus. Isto
pode ainda simbolizar o seu carácter de Guia e a sua capacidade de levar a
humanidade a seu filho Jesus.
Sob o aspecto histórico, o
título de "Nossa Senhora da Guia" tem sua origem na Igreja Ortodoxa,
onde a Virgem Maria é invocada sob o nome “Odigitria”, que significa
“Condutora”, “Guia” de Jesus Cristo desde a infância até o início de sua vida
pública, conseqüentemente invocada como guia e protetora do povo de Deus e do
Homem. Mais, tarde, foi adotada pela Igreja Católica e o seu culto espalhado
por diversos locais, onde a Nossa Senhora da Guia passou a ser venerada.
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